03/06/2018 - PIB PERDENDO FORÇA
O IBGE divulgou o PIB do primeiro trimestre deste ano, ontem.
Mais de dois meses depois. A defasagem, para comparações é muito grande, dado
que se está encerrando praticamente o segundo trimestre. No referido primeiro trimestre
o PIB teve 0,4% de crescimento, em relação ao último de 2017. Já em relação ao
primeiro trimestre de 2017 cresceu 1,2%. Em quatro trimestres medidos está em
1,3%. Porém, neste segundo trimestre houve recuo considerável do PIB, devido às
paralisações de duas semanas dos caminhoneiros, que geraram desabastecimento e
bilhões de prejuízos, número ainda não estimado em definitivo. Somando-se ainda
o desmonte da equipe econômica, elevadíssimo desemprego e desconfiança de
produtores e consumidores, já há consultorias calculando número do ano da
atividade econômica menor do que 2%. A grande instituição otimista, o Banco Itaú
calculou 4% para 2017. Deverá reduzir sua estimativa, muito embora ainda não
incorporasse os efeitos das paralisações citadas. Já os números da MB
Associados, que previam no início do ano 3,5%, agora estão estimando 1,9% para
2018.
Os desígnios dos mercados negativamente ocorreram também na
bolsa brasileira de valores, que teve o pior maio em quatro anos. A BOVESPA apresentou
- 10,87% no mês em tela. Não somente pelos efeitos das paralisações nos lucros
das empresas negociadas nela, mas também pela grande saída de capitais
estrangeiros que aqui estavam aplicados em ações.
Em resumo, não se espera muito deste governo federal enfraquecido
e que não tem condições de ir em frente com as reformas estruturais. Somente
depois de agosto, quando os candidatos à presidente da República estiverem
postos se terão previsões com mais clareza.
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