30/12/2014 - PIOR ROMBO DAS CONTAS PÚBLICAS
O pior rombo das contas públicas
de novembro em 17 anos, ocasionou um déficit de R$18 bilhões. O saldo já era
negativo em R$10 bilhões. Portanto, precisa o governo gerar superávit de R$28
bilhões em dezembro. Porém, a lei aprovada de que os gastos do Programa de
Aceleração de Crescimento e os subsídios a empresas selecionadas neste ano irão
ser “receitas”, por volta de R$140 bilhões.
Não sem motivo, ontem mesmo, no
primeiro pacote de medidas duras de ajuste das contas públicas, o governo
federal anunciou cinco mudanças nas regras de pagamentos de benefícios. A
primeira delas é o aumento da carência do trabalhador que tem direito a receber
abono salarial. Antes, quem trabalhava somente um mês e recebia até dois salários
mínimos recebia o benefício. A alteração é de que o tempo mínimo será de seis
meses sem interrupção. A segunda é relativa à comprovação por 18 meses na
primeira vez que solicitar o benefício. Antes era de 6 meses. Na segunda
solicitação será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, volta para 6 meses.
A terceira mudança é na pensão por morte, havendo carência de dois anos no
casamento, sendo o cônjuge beneficiário com mais de 44 anos. Foram detectados
antes muitos casos de união por conveniência. A quarta mudança é a do seguro
defeso para os pescadores, que não podem receber por mais de um Estado. A
quinta mudança é quanto ao auxílio doença cujo teto de benefício será a média
das últimas 12 contribuições, além do prazo de percepção pelo INSS passar de 15
para 30 dias.
O cálculo da economia
governamental é exatamente o mesmo valor do rombo de R$18 bilhões mencionados.
A oposição e as centrais sindicais criticaram as medidas provisórias que
tornaram as mudanças obrigatórias a partir de hoje. Elas agora vão ser votadas
pelo Congresso. No geral, as medidas são boas, visto que evitarão as fraudes
identificadas.
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