25/12/2014 - FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS




Dentro do programa político do PT existe o anteprojeto de financiamento público de campanha. Aqui, neste espaço escrito, o destaque é sempre a questão econômica. Porém, esta está sempre associada à questão política, o que não impede de serem colocadas as matemáticas econômicas em realce. Os políticos podem ser financiados com recursos próprios, recursos das doações empresariais, além de muitos receberem recursos desviados das estatais, o que não deixam de serem recursos públicos, conforme o mega escândalo atual da Petrobras, da operação Lava-Jato. Por sinal, no Brasil existem 400 estatais, sendo 140 federais, as gigantes, bem como 260 estaduais e municipais. Trata-se de um vespeiro, no qual pouco de tudo pôde ser denunciado e muito menos apurado. Agora mesmo, no início de dezembro, depois de 12 anos chefiando a Controladoria Geral da União (CGU), o ministro dela, Jorge Hagge, demitiu-se por três motivos: o primeiro, não conseguiu investigar a grande maioria das estatais, blindadas pelos seus dirigentes,        que são escolhidos pelos partidos da base aliada, em destaque PT, PMDB, PP; o segundo, não conseguiu apresentar à presidente Dilma ou ao ministério da Casa Civil, o segundo em ordem de importância, ou a qualquer outro órgão, uma série de ocorrências graves que chegaram à CGU, acerca das estatais; terceiro, pediu audiência à presidente, por longo tempo, não sendo recebido, o que é comum ocorrer com os 39 ministros do Executivo.

Não bastasse o descrédito dos políticos, vem agora ao conhecimento do público que, 432 membros do Congresso Nacional receberam doações para as suas campanhas, pelo menos desde 2010, das empreiteiras denunciadas pela operação Lava-Jato. Sendo 513 deputados e 81 senadores da composição do referido Congresso, os quais receberam doações delas foram % dos congressistas. Ninguém pode parecer bobo de pensar que as prisões e os desdobramentos da operação Lava-Jato irão proibir doações de empresas a candidatos políticos, acabando com a corrupção.

Neste mês de dezembro, equipe de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendaram que as contas da campanha da presidente Dilma não fossem aceitas pelo tribunal Superior Eleitoral (TSE), devido ao fato de que determinadas rubricas não fechavam, em desacordo com normas do TSE, tais como excesso de despesas sem comprovantes e despesas fora dos padrões normalmente aceitos. Foram gastos pelo PT R$340 milhões para a reeleição. O TSE aprovou as contas dela com ressalvas. Neste caso, têm muitos bobos que acreditam na licitude das transações efetivadas. No entanto, não é lógico que se gaste tanto em campanha presidencial e ainda queiram mais dinheiro público para gastar. Na hipótese de aprovação pelo Congresso dessa bandeira de financiamento público de campanha, os brasileiros pagarão pelos prejuízos causados pelos corruptos, além do mais de dinheiro do governo, que é de toda a população, sendo repassados para eles serem eleitos. 

 

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