05/12/2014 - CLASSIFICAÇÃO EM CORRUPÇÃO
A Organização Não Governamental (ONG)
Transparência Internacional, nesta semana, como divulga anualmente, ao examinar
175 países, classificou o Brasil em 69º lugar, base de dados de 2013. O
questionário da citada ONG é realizado perante empresários, investidores
internacionais e agências de risco. Na escala de zero a cem, a nota brasileira
é 43. Portanto, de ampla reprovação. Tem
pontuação zero, que coube à Dinamarca.
Nesta semana também o ex-diretor
de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em acareação na CPI da
Petrobras no Congresso, declarou que está fazendo delação premiada à Polícia
Federal, perante a justiça federal do Estado do Paraná, confirmando que elas se
referem ao esquema de desvios de R$10 bilhões da estatal, conforme operação
Lava-Jato. Não adiantou mais nada do que já se sabe, mas fez declaração
bombástica, de que a corrupção no Brasil é generalizada nas grandes obras
públicas, a exemplo de portos, aeroportos, estradas, ferrovias, rodovias,
saneamento básico, energia, bem como em demais órgãos de governo federal,
estadual e municipal. O diferencial se define pelo grande volume de dinheiro
envolvido. No caso específico das nove empreiteiras denunciadas, elas agem como
se fosse um clube de negócios, mediante um jogo de cartadas marcadas. Os
concorrentes faziam propostas mais altas ou não as apresentava para que os
escolhidos fossem aqueles de propostas mais “baixas”. No entanto, os contratos podem
ser aditados. As obras demoram, de propósito, para serem aditadas em valor. O
que comprova pelo TCU, em grande número, o superfaturamento, cujos processos
vão para decisão final do Congresso.
No caso da operação Lava-Jato
dezenas de processos serão julgados pela justiça federal do Paraná. A esse
respeito, o Ministério Público Federal já realizou 11 pedidos de condenação,
dentre outros, do doleiro Alberto Youssef e do citado Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da Petrobras, que estão fazendo delações premiadas. No que se referem
aos congressistas, os processos serão enviados ao Supremo Tribunal Federal.
As expectativas são de que a
operação Lava-Jato aconteça em ação penal maior do que o mensalão, que
apresentou 40 réus no STF e 25 deles foram condenados, cumprindo penas de
culpabilidade, visto que a cifra estimada no escândalo da operação Lava-Jato em
inquéritos ultrapassa R$10 bilhões.
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