23/12/2014 - EDUCAÇÃO DE BAIXA QUALIDADE



Existe a avaliação internacional da educação, o chamado teste PISA aplicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, baseada na Europa, em estudantes de 15 anos, de cerca de 57 países, ficando o Brasil em 53º lugar. O PISA traz questões de língua pátria, matemática e ciências. O critério da OCDE é avaliar os países ricos e os países emergentes (a China, como emergente ainda assim está em primeiro lugar), visto que os países pobres têm péssima educação. Porém, a classificação brasileira está entre os países de pior desempenho. Portanto, não tem aprovação, na escala convencional de zero a dez.

A situação não é diferente, pelas próprias avaliações do MEC. Pelo contrário, demonstra o próprio MEC os baixos resultados por níveis educacionais, não obstante, desde o Plano Real, as notas estudantis têm melhorado, mas de forma bastante lenta. Assim, os indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), na escala de zero a dez, do Ensino Fundamental I, estudantes do 1º ao 5º ano, a média foi de 5,2, ultrapassando pela primeira vez 5. Já do Ensino Fundamental II, estudantes do 6º ao 9º ano, a média foi de 4,2. A média das médias do Ensino Fundamental como um todo é de 4,7. Porém, a média do Ensino Médio é decepcionante, 3,7, mediante evasão ainda alta, de 25%. Portanto, a média das médias do IDEB é de 4,36. Para ingressar no ensino superior, os alunos têm que fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), aplicado pelo MEC, cada vez mais numeroso o seu contingente, já por volta de 5 milhões de jovens, isto é, 56,8% dos estudantes brasileiros, ou o vestibular, cada vez menos usado para seleção universitária. Em todo o País, perto de 14,7 mil escolas se serviram ao ENEM. No entanto, mais de um terço (34%), 4,9 mil escolas tiveram média da nota de redação abaixo de 500, na escala de zero a mil. Em síntese, o ENEM representa o fracasso do ensino público dos municípios (Ensino Fundamental) e dos Estados (Ensino Médio), vez que 93% dos melhores alunos que fizeram o ENEM são oriundos do ensino privado, bem como das 20 melhores escolas que se prestaram ao ENEM, 19 são particulares.

Segundo ainda o MEC, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que procura medir a qualidade do ensino superior, não é tão abrangente como os do primeiro e segundo graus (Fundamental I e II e Ensino Médio), realizado de três em três anos. As notas variam de zero a cinco, no ENADE. Entre os cursos que tiveram avaliações 4 ou 5, a maioria é ofertada por instituições públicas federais. A última nota média geral divulgada pelo ENADE, dados de 2010, foi estimada em 4,7. Neste dezembro, o MEC reitera que o ENADE avaliou em 2013 somente os cursos das áreas de saúde, ciências agrárias, ambiente, produção alimentícia, recursos naturais, militar e segurança. Portanto, amostras pequenas, em relação aos milhares de cursos superiores no Brasil. Antes havia o PROVÃO, exame obrigatório. Hoje, com o ENADE o exame é seletivo e os estudantes ainda podem boicotar a avaliação do curso, que, certamente, seria mal avaliado, por isso, não sendo divulgado pelo MEC.

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