17/12/2014 - CONSUMIDOR ESTÁ PESSIMISTA




Que motivos teria o consumidor para estar otimista, mediante uma inflação acima do teto da meta, bem como têm informado os 100 analistas consultados pelo Banco Central (BC), semanalmente, que a inflação se projetaria ainda mais em 2015? Ademais, se o PIB terá neste ano crescimento mais perto de zero do que de um, conforme também o próprio BC, em sua pesquisa semanal, já que, pela primeira vez em 20 anos, não haverá ganho real do salário mínimo? Além do mais, a perspectiva para os próximos dois anos é de incremento também pífio do PIB, menos de 1% em 2015, entre 1% a 2% em 2016? Logo, melhoria salarial quase nenhuma, em cenário de inflação elevada. Assim, PIB em ascensão, desejável acima de 3% somente aconteceu na década passada. Naquela época, sim, os consumidores eram otimistas.

Divulgado, nesta semana o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrando queda de 0,5% de novembro para dezembro, para 109,2 pontos, influenciado pela alta da inflação e por temores relacionados ao mercado de trabalho, segundo a CNI. O levantamento tem como uma base a pesquisa realizada pelo Instituto IBOPE Inteligência, que ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios, entre 5 a 8 de dezembro. Segundo a CNI esta foi a segunda queda consecutiva do indicador, o qual está abaixo da média histórica de 111,1 pontos. Já, em relação a dezembro do ano passado, o INEC recuou 1,8%. A pesquisa também define os componentes do referido Indicador de Expectativas, tendo recuado os subindicadores 7,8% para a inflação e 5,1% quanto ao desemprego. Tais componentes do indicador são interpretados para estes itens ao contrário, quanto menores as expectativas, maiores são o número de pessoas que esperam o aumento da inflação e do desemprego nos próximos seis meses, conforme a CNI. Entretanto, a expectativa dos brasileiros com respeito à elevação da renda pessoal é otimista, elevando-se 0,9% em relação a novembro. Já a expectativa com respeito às compras, o maior valor subiu 2,5%, devido à proximidade de festas. A expectativa relativa à situação financeira também se elevou, o que ajudou a conter a queda do INEC no mês.

Em suma, os consumidores estão apreensivos com os escândalos da operação Lava-Jato, recuando nos seus gastos, visto que os tempos não estão bons, havendo já 36 pessoas investigadas, já consideradas como réus, no que tange à iniciativa privada, diretores da Petrobras e doleiros. Todavia, quanto aos 50 políticos congressistas aventados, as investigações correm em segredo de Justiça, os quais irão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. As denúncias de corrupção em série aumentam a desconfiança também dos empresários nacionais e estrangeiros, de que tal componente de despesas torna ainda mais alto o chamado custo Brasil.

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