20/12/2014 - SÍNTESE DOS INDICADORES SOCIAIS 2014




O IBGE divulgou nesta semana o documento Síntese dos Indicadores Sociais 2014. Os dados mostram que o número de filhos por mulher caiu 26% nos últimos 14 anos no Brasil, passando de 2,39 filhos para 1,77, entre 2000 a 2013. Na Bahia, a taxa de fecundidade é de 1,79. Segundo o IBGE, os motivos para a referida queda são pelo menos quatro: a urbanização e a inserção da mulher no mercado de trabalho, a introdução de métodos contraceptivos e aumento da escolaridade. No País, em 2014, a população considerada inativa, nas faixas de 0 a 14 anos e 65 anos ou mais de idade é de 53%. Daqui a alguns anos será meio a meio, o que está próximo do ideal, bem como o Brasil atingirá, por volta de dez anos, o bônus demográfico. Porém, com base na evolução, até o final do século, a projeção é de que os inativos sejam 80%, pondo em risco o sistema econômico, o que deverá ser evitado.

Pelo estudo, aqueles com idade entre 15 a 29 anos somam 49 milhões. Destes, no Brasil, 20,3% não trabalham. Isto é, não estão na escola, nem trabalham. São os “nem-nem”. No Nordeste, alcançam 35,2%; na Bahia são 23,9%. Em nove anos, 30,6% foi o crescimento dessas pessoas. Entre as classes sociais mais altas, não estão nas escolas, nem querem trabalhar, muitos porque acreditam que viver do ócio é melhor, visto que também não acreditam em salários atrativos, preferindo ficar seus pais, a chamada geração “canguru”. Existem também aqueles que optam por realizar trabalhos domésticos, visto que, para muitas famílias, o trabalho doméstico deixou de ser barato ou de se enquadrarem nos seus orçamentos.   Entre as classes de renda mais baixa, estes possuem baixa qualificação e estão excluídos do mercado formal de trabalho. Portanto, é preciso melhor esclarecimento e educação para que muitos trabalhem em prol do progresso do País.

Também, foi divulgado nesta semana pelo IBGE, o Suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2014, mostrando que 7,2 milhões de pessoas no País convivem bem de perto com a fome. Elas moram em 2,1 milhões de domicílios, onde pelo menos uma pessoa passou um dia inteiro sem comer, por falta de dinheiro para comprar comida. Essas pessoas vivem em grave situação de sobrevivência, sendo 3,6% do total dos domicílios particulares. Houve avanço em relação a 2009, quando 11,3 milhões de pessoas, ou seja, 5,8% do total, viviam em ameaça de fome, sendo uma redução substancial de 35,7%.

A falta de alimentos nos lares em 2013 possui vários graus, variando no Brasil, de 3,6% (sem nenhum dinheiro para alimentos) à carência parcial de dinheiro para compra de alimentos, para a maioria deles, deficiências estas chamadas de insegurança alimentar, sendo 43,3% dos brasileiros, em média. Os quatro piores Estados em insegurança alimentar são o Maranhão, tendo 66,4% da população; Piauí, 63,2%; Amazonas, 48,7%; Bahia, 45,3%.

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