19/12/2014 - INVESTIMENTOS PROSPECTIVOS REDUZIDOS
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) tradicionalmente
divulga a sua Sondagem Conjuntural no final do ano. A desta semana revelou que
houve uma piora no ambiente dos negócios brasileiros em 2014, em relação a
2013. A pesquisa da FGV faz sondagem de investimentos em quatro setores,
indústria, serviços, comércio e construção, os quais informaram ter reduzido
suas inversões de um ano para outro em tela. Também declararam menor disposição
para investir em 2015. O estudo abrangeu quatro mil empresas ouvidas, em
levantamento de outubro para novembro. No setor industrial 31% dos empresários
reduziram suas inversões em 2014, em relação aos 25% de 2013. No ano passado,
40% dos industriais tinham feito desembolsos, em relação aos 38% de 2013. No
setor de serviços a redução dos investimentos passou de 10% para 15% no mesmo
período. Os desembolsos destes responderam por 41% em 2013 e 46% em 2014. No
setor de construção os empresários revelaram ter reduzido gastos de 17% para
24%, enquanto os investimentos previstos tiveram queda de 33% para 26%. No
setor de comércio o cenário está um pouco melhor, embora a proporção de
empresas que diminuíram os investimentos tenha passado de 6% para 12%,
identificando maior número de empresários dispostos a aportar 49% em 2014,
perante 42% em 2013.
Para 2015, segundo a Fundação Getúlio Vargas,
devido ao fraco desempenho deste ano, os empresários refletiram que haverá
queda nos desembolsos a serem feitos por eles. Conforme o relatório da FGV, a
previsão da indústria, de 2014 para 2015, passou de 47% para 41%. No setor de
serviços, de 48% para 45%. Na construção, de 45% para 34%. No comércio, os
investimentos poderão cair de 63% para 53%. Respectivamente.
Conjunturalmente, ainda os
empresários não mudaram o seu pessimismo, visto que, até agora existem informes
de que seus custos subirão, também, pelas expectativas de fortes reajustes dos
combustíveis pela alíquota da CIDE deixar de ser zero e crescer
significativamente, pelo fato de que a ANEEL estuda, além do reajuste esperado,
reajuste extraordinário nas contas de luz em 2015, sem que até agora o governo
acene comas reformas econômicas, há 20 anos prometidas, mas que não passarão
sem primeiro haver uma reforma política, condição suficiente para aprovar as
reformas econômicas.
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