25/06/2013 - PROPOSTAS DE PACTOS
A presidente da República reuniu
ontem prefeitos e governadores escolhidos, propondo a discussão, não de um
pacto nacional, mas de cinco pactos. Deixou novamente transparecer que tem uma
carta de intenções, como resposta aos movimentos populares de ruas, que
congregou milhões de pessoas, em menos de quinze dias. O primeiro pacto
proposto seria um plebiscito para que a população decida sobre reforma política
que transforme corrupção em crime hediondo. Seria uma proposta de convocação de
uma Assembleia Geral Constituinte. A oposição do PSDB, DEM e MD (Mobilização
Democrática) vieram a público para dizer que a presidente não deu uma resposta
devida às manifestações. Aécio Neves, presidente do PSDB disse que: “É uma
competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção
ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não
responde aos anseios da população”. O
segundo seria a responsabilidade fiscal, ou seja, estabilidade econômica com
controle da inflação. Ora, está claro para todos que foi exatamente isto que
ela se descuidou, gerando manifestos nas ruas. O terceiro seria na área da
Saúde. Aceleração na aplicação dos investimentos existentes, enviando também
médicos a cidades que necessitam. A direção é correta, recebendo críticas
corporativas de médicos nacionais, contrários à importação de estrangeiros.
Ora, neste caso, é continuar fazendo os testes de adaptação e aprovação deles
pelos Conselhos Regionais de Medicina. O
quarto seria quanto à mobilidade urbana. Mais metrôs, VLTs e corredores de
ônibus. É somente cobrar maiores investimentos e celeridade. O quinto seria
quanto à educação pública. Assim, 100% dos royalties do petróleo e 50% dos
royalties do pré-sal investidos na educação pública. Depois da reunião marcou
encontro para hoje com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para debater a
luta contra a corrupção. A esse respeito hoje mesmo a OAB e a CNBB iniciaram um
movimento para conseguir rapidamente 1,5 milhão de adesões ao projeto de
reforma política e de também medidas de combate à corrupção.
Em síntese, a primeira proposta,
no caso de ser feito um plebiscito para convocar uma Constituinte, poderia ir
mais além do que o desenho geral proposto. O Brasil necessita urgentemente reduzir
um grande número de leis, num cipoal de milhares delas, para poucas e
eficientes instituições, que reflitam as reformas necessárias, acabando com a
burocracia, com um imenso ‘custo Brasil’, que tem inviabilizado negócios no
País, justiça, direitos e garantias de um país que quer passar de emergente a
desenvolvido.
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