23/06/2013 - PACTO NACIONAL


Após o quinto dia de protestos nas ruas em todo o Brasil, a presidente Dilma propôs um pacto à Nação. Os novos cálculos aduzem aos atos que reuniram mais de dois milhões de pessoas nas ruas de cerca de 500 cidades. Antes disso, o Movimento Passe Livre, o maior deles, oriundo de São Paulo, já tinha se referido, que deixaria de conclamar manifestações, por hora, na capital paulista, visto que seu maior objetivo tinha sido atingido, qual seja o recuo do governo estadual em revogar a elevação da tarifa dos serviços de transportes.

Em pronunciamento anteontem ao País, que durou 9 minutos e 43 segundos, a presidente Dilma reconheceu que os atos de cidadania dos protestos podem colaborar com o desenvolvimento político do País. Alguns textos, a seguir foram extraídos da sua fala, que mostram os principais pontos atingidos. Enquanto isto, não se ouviu nenhum deputado, senador, bem como a maioria dos políticos brasileiros darem declarações. A maioria se calou ou se acovardou. Nunca se viu movimentos nacionais assim. As manifestações continuam.

“A mensagem que vem das ruas quer serviços públicos de qualidade. Ela quer mais e para dar mais, as instituições e governo devem mudar. Vou convidar os governadores e os prefeitos para um grande pacto em torno das melhorais dos serviços públicos. O foco será primeiro a elaboração do plano nacional de mobilidade urbana que privilegie o transporte público. Vamos destinar 100% dos recursos do petróleo para a educação e trazer milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde. Quero contribuir para a construção de uma ampla reforma política que amplie a participação popular. É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático. Se aproveitarmos bem o impulso dessa nova energia política, poderemos fazer melhor e mais rápido muita coisa que o Brasil não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas”, disse a presidente.

Partidos políticos e centrais sindicais tentaram participar das manifestações. Porém foram rechaçados. Isto provou que há grande sensibilidade de que o projeto do atual governo de ser governo e oposição ao mesmo tempo não é aprovado por milhões de brasileiros. Isto ficou claro, de que, na política, é mais fácil a visualização dos erros. Entretanto, na economia, nem todos os erros são fáceis de serem entendidos. Provavelmente, os enganos das inúmeras “bolsas” existentes, de mais puro assistencialismo ou populismo, continuarão existindo, não se tirando o mérito de que “algumas” delas podem obter, se forem acompanhadas com rigor, e não frouxamente como vem, dado o fato de que, por exemplo, no maior programa, o Bolsa Família, com mais de dez anos, não se conseguiu ainda nem autonomizar 10% dos assistidos, havendo uma série de desvios das suas ações.

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