11/06/2013 - ESTRADAS DUPLICADAS


Estudo da consultoria Bain & Company, citado pela revista Exame, datada de 16-06-2013, defende que o Brasil precisa fazer no mínimo mais 21.000 quilômetros de estradas duplicadas para propiciar competitividade à economia brasileira. O custo das obras é estimado em R$250 bilhões, em prazo de execução de oito anos, sendo R$31,25 bilhões. O valor é grande, mas quando se compara com o valor dos juros da dívida pública, de cerca de R$200 bilhões anuais, correspondendo a 15% do referido valor, não é nada de fantástico. Isso aumentaria a extensão de estradas com duas pistas para 32.000 quilômetros. Segundo o autor do estudo, Fernando Martins, sócio da referida consultoria: “Ainda é menos da metade da malha americana de autoestradas, mas já teríamos uma infraestrutura com qualidade mínima para atender a economia brasileira”.
O Brasil tem apenas 11.000 quilômetros de estradas duplicadas, a maioria concentrada na região Sudeste. Apenas São Paulo possui um bom número de estradas. Nove outros Estados tampouco tem um quilômetro de via duplicada. No total, a malha brasileira é de 212.000 quilômetros de vias pavimentadas, quase um vigésimo da malha americana de 4,2 milhões. O Brasil investe em rodovias menos do que outros países continentais. A China investe 3,12% do PIB. Os Estados Unidos, 0,77% do PIB. O Brasil somente 0,35% do PIB.
A proposta do citado estudo é de que as 100 maiores cidades brasileiras, entre elas 20 capitais passariam a ser ligadas por autoestradas. Os investimentos poderiam ser feitos por concessões, naquelas áreas em que se teriam condições de cobrança de pedágio, aproximadamente 13.000 quilômetros de autoestradas. Nas regiões de menor PIB per capita, em que se necessite de subsídio governamental, cerca de 8.000 quilômetros seriam de parcerias público-privadas em pistas duplicadas.
Neste País existem órgãos, empresas, públicos e privados, que poderiam fornecer estudos de que tanto o governo precisa para voltar ao planejamento estratégico. Está ainda faltando vontade política para deslanchar, mudança à ótica de que política deve ser de compadrios.

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