14/06/2013 - INSISTÊNCIA NO CONSUMO



O modelo econômico adotado desde 1994, tanto pelo presidente FHC, Lula ou Dilma se baseou no consumo, conforme visto no artigo de ontem. Os mais abrangentes programas sociais foram adotados. Primeiro, o Programa Bolsa Escola no governo de FHC, transformado e de maior amplitude no governo Lula, como Programa Bolsa Família, prosseguindo com a presidente Dilma. Esta, quando assumiu em 2011, criou o Programa de Erradicação da Miséria, ainda dentro do Bolsa Família. No segundo mandato de Lula, que começou em 2007, logo no início, ele lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, logo depois, o Programa Minha Casa, Minha Vida. O PAC se transformou em PAC 1 (2007-2010), PAC 2 (2011-2014) e  foi incorporado ao sistema do PAC. Na última avaliação governamental, 44% do PAC 2 está comprometido, sendo a maior parte do valor para Minha casa, Minha Vida. Considerando o Programa Bolsa Família contempla 14 milhões de famílias, cerca de 56 milhões de pessoas, mais 3 milhões de casas populares já foram construídas desde 2007, poderiam ser considerados mais 12 milhões de cidadãos, adicionados aos 56 milhões, mais 2 milhões do Programa Erradicação da Miséria, envolveria um conjunto de 70 milhões de cidadãos alvos dos programas sociais. Seriam 74% da população de 2012. Estes seriam os votos da presidente Dilma, mas como há crianças, velhos e outros que não votam, mesmo assim, os que votam nela são em número maior do que a popularidade atual do seu governo, sendo esta de 57% da pesquisa DATAFOLHA. Sem dúvida, a queda da presidente nas pesquisas está se devendo principalmente à inflação e escassez dos investimentos produtivos. Na impressão dos economistas em geral, a maioria está afirmando que o modelo está esgotado e que é preciso redefini-ilo, isto até nas hostes do governo, para que o Brasil possa crescer a taxas maiores.
Todavia, o governo federal continua com sua incessante direção ao consumo. Nesta semana, lançou o Programa Minha Casa Melhor. Criação de uma linha de crédito para móveis e eletrodomésticos do Programa Minha Casa, Minha Vida. São dez itens que podem ser comprados, mediante preços fixados em tetos, no valor global de até R$5 mil por família. O crédito possui 48 meses para pagar, a juros de 5% ao ano, para quem está com as prestações em dia, a serem feitos pela Caixa Econômica Federal. O subsídio sairá das contas do Tesouro. O montante estimado do crédito é de US$5 bilhões.
Em resumo, mais estímulos ao consumo reduzem verbas para investimentos, comprometendo a obtenção maior taxa de incremento do PIB.

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