07/06/2013 - RECUO DA CONFIANÇA EXTERNA
Há cinco anos, o Brasil gerou uma confiança internacional que não dispunha dos credores estrangeiros, em sua história. Isto é, recebeu o grau de investimento, internacionalmente conhecido como o aval das três principais agências internacionais de risco. A Standard & Poor’s, a primeira a fazê-lo, em maio de 2008, é famosa por calcular o risco de países, governos, empresas. Por exemplo, é ela que apresenta diariamente o índice S & P 500, aquele que acompanha as cotações da Bolsa de Nova York de 500 grandes multinacionais. A segunda agência de risco foi a Fitch. A terceira a Fitch. Todas as três a fizeram no ano de 2008. Ao obter o grau de investimento, passou o País a receber uma enxurrada de investimentos estrangeiros, pagando juros cada vez mais baixos do que os antes pagos. Por se encontrar desde 2008 nesta situação, de respeitar contratos, de ter uma economia estável e com boas taxas de crescimento do PIB, o Brasil deixou de ser considerado um país subdesenvolvido e passou a ocupar um dos lugares dos grandes países emergentes. Passou a participar do grupo dos 20 países mais fortes, G-20, assim como ingressou no grupo do chamado alto desenvolvimento, no cálculo feito pela ONU, do Índice de Desenvolvimento Humano (são quatro faixas: altíssimo, alto, médio e baixo desenvolvimento), ainda que em último lugar da sua referida faixa.
O governo Dilma continua seguindo o modelo do ex-presidente Lula. Porém, não vem obtendo os melhores resultados na economia. Considerando estar no seu terceiro ano, o governo Dilma tem angariado simpatias populares, mas tem obtido resultados cada vez mais decepcionantes na economia. Por isso, a Standard & Poor’s ameaçou agora rebaixar o conceito internacional do Brasil, alegando três motivos: primeiro, a piora das contas púbicas; segundo, pelo cada vez mais baixo incremento do PIB brasileiro; terceiro, pela retração dos investimentos, devido à queda de confiança dos empresários.
Sebastian Briozzo, analista da Standard & Poor’s, assim sintetizou: “O crescimento fraco do Brasil reflete o declinante investimento no setor privado, em parte devido aos sinais políticos ambíguos do governo”.
Na verdade, a administração da presidente Dilma não encontrou ainda os caminhos que retorne o País à trajetória que vinha tendo no governo de Lula. As medidas de estímulo econômico são pontuais e desagradam a uma série de investidores. Além disso, a inflação continua muito acima do centro da meta, sem perspectiva de chegar lá, nem no curto, nem no largo prazo.
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