21/06/2013 - PREVISÃO DO PIB


A previsão do PIB pela quinta vez neste ano recuou, segundo o boletim FOCUS, pesquisa semanal do Banco Central, após consulta a cem analistas financeiros, para crescimento de 2,49%. Um mês atrás era de 2,98%. Quer dizer, nos últimos dias os resultados ficaram mais pessimistas. A projeção para o setor industrial em 2013 caiu 0,3%. Agora, a estimativa é de 2,5%, a expectativa do aumento da produção industrial. Somente a direção de Guido Mantega, à frente da equipe econômica continua fazendo projeções fantasiosas, conforme sempre fez. Nisto tem recebido criticas nacionais e internacionais de órgãos prestigiosos. Porém, cada vez mais o chamado “desenvolvimentismo” dele fica sem consistência. Atualmente, mediante os dados econômicos obtidos, já há quem acredite que a economia está estagnada, dada a média dos dois resultados consignados serem de 1,5% ao ano para o período 2011-2012.
A inflação se encontra elevada, ameaçando desencadear os velhos mecanismos de indexação, tal como o deputado federal Paulo Pereira da Silva aludiu no dia 1º de maio da volta do gatilho salarial, mas não anual, para trimestral. A balança comercial apresentou resultados comerciais favoráveis nos dois mandatos do ex-presidente Lula, mostrando sinais de deterioração de 2011 para cá, elevando o déficit em conta corrente para 3% do PIB, com tendência de alta.
Consoante já registrado neste espaço, o diagnóstico do governo federal, de que deve continuar estimulando a demanda agregada é um equívoco, dados que mostram a direção de redução de 5% na taxa básica de juros, sem que a produção reagisse, pelo contrário, está havendo também maior disponibilidade de crédito e incentivos fiscais ao consumo, os quais não demonstraram reativar a demanda, aquecida na era Lula.
A equipe econômica continua insistindo que a culpa é do cenário externo, devido ao fato de que, no período do governo atual, as exportações se reduziram em praticamente 20%. Isso explica em parte, mas não é decisivo para o atual estágio de estagnação, em razão da falta de competitividade dos produtos brasileiros, em face do elevado custo Brasil (falta de uma boa infraestrutura), da concorrência asiática, principalmente a chinesa e da elevada carga tributária. Mas, a apreciação cambial não tem ajudado na guerra comercial. Pelo contrário.
Ademais, o baixo crescimento não acompanha o aumento do salário real e vice-versa, em virtude do baixo nível de desemprego. A lógica é de que haja elevação da produtividade. A lógica é fazer mais pelo crescimento da oferta e não da demanda agregada.

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