12/03/2012 - BASE ALIADA SE REBELA


Na semana passada a presidente Dilma sofreu reveses no Senado ao ver recusado a sua indicação pessoal de Bernardo Figueiredo para diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, obrigando-a a indicar outro nome. Por seu turno, foi adiada a votação do projeto do Código Florestal e o projeto da Lei da Copa. Já na semana anterior a presidente colocou o senador Marcelo Trivella, evangélico da Igreja Universal, no Ministério da Pesca, quando chorou, mostrando que retirava um membro do PT e colocava aliado membro de outro partido. No mês passado mudou o presidente da Petrobras. Também substituiu o Ministro do Desenvolvimento Agrário. Já são 12 ministros substituídos. Hoje o líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB, foi substituído, que estava no cargo desde 2006, devido à insatisfação com a rebeldia da semana passada.

A costura política que a presidente está realizando, parece não estar consultando às indicações do ex-presidente Lula. Ela tem declarado que este ano é ano de gestão. Dessa forma, nos órgãos onde tem representantes dos 16 outros partidos, que não o PT, ela vem realizando uma tutela dos chefes das pastas, através das fieis ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffman e Ideli Salvatti, das Relações Internacionais.

O fato é que este ano é ano eleitoral nos municípios. Os 17 partidos da base aliada lançarão candidatos. Pergunta-se no Congresso por quanto tempo a presidente Dilma ainda irá retardar as mudanças econômicas fundamentais que deverá encaminhar. Também quanto tempo irá resistir às pressões que podem travar o seu governo? Pelo menos, o racha da base aliada em seis capitais é uma realidade. Em São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Vitória e Belém, o PMDB e o PT terão candidatos próprios.

O vice-presidente da República, Michel Temer, está preocupado com o futuro do PMDB. Por isso disse aos colegas do partido que eles podem se rebelar e pressionar o governo. Ele acredita que ceder espaços para os petistas corresponderia a um atestado de óbito, diminuindo a importância do PMDB nas eleições presidenciais de 2014.

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