08/03/2012 - REAÇÃO COM POLÍTICA MONETÁRIA


A economia brasileira vinha acelerada em 2010, quando cresceu 7,5% ao ano, isto trouxe pressões inflacionárias, sendo a reação governamental a de voltar a elevar a taxa básica de juros, a SELIC, que atingiu o seu menor valor histórico em 2009, de 8,75% ao ano. A inflação ameaçou sair de um dígito e no final do governo do presidente Lula, a SELIC já tinha sido elevada até 10,75% anuais. Com efeito, o governo da presidente Dilma, iniciado em 2011, continuou aumentando-a, fazendo cinco elevações da taxa SELIC, alcançando até 12,50% anuais. O remédio de combate à inflação teve efeito. Contudo, a atividade econômica começou a contrair-se ao longo de 2011, levando a que em agosto de 2011 a presidente retornasse a reduzir a SELIC. Associando-se à crise internacional, o PIB definhou bastante. Em 2011 se incrementou em 2,7%. O resultado surpreendeu a muitos. Um dia depois desse informe, o Banco Central reuniu o Comitê de Política Econômica (COPOM) e também surpreendeu, tendo a SELIC caído 0,75%, ficando agora em 9,75%. Isto é, 1% menor do que quando a presidente Dilma a recebeu no final do governo do presidente Lula.

Para as classes produtoras, a indústria e o comércio a decisão foi acertada. O presidente da FIESP, Paulo Skaf, referiu-se que a decisão é bem vinda, porém, chega atrasada e, sozinha, é insuficiente para impulsionar a economia: “O governo precisa implantar um conjunto de medidas que seja capaz de mudar qualitativamente a situação da indústria. Precisamos de ações imediatas, para recuperar a competitividade brasileira em relação ao câmbio, juros, custo da energia e infra-estrutura, para que o nosso País pare de exportar empregos”.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, conforme o seu presidente, Roque Pellizzaro, acredita que mais uma redução na SELIC será muito positiva, estimando que este seja o primeiro passo para acionar a política fiscal. Refere-se que “é sensato que o Brasil procure aumentar a competitividade da sua economia, com reforço na construção da infra-estrutura básica, o que irá por si só aumentar a atratividade do capital externo para o investimento produtivo, que gera empregos e reduz o descompasso entre oferta e demanda, dando fôlego também para o combate à inflação”.

Luiz Carlos Mendonça de Barros, no programa matutino da Band News, declarou-se otimista, a Ricardo Boechat que, com tal redução da SELIC, a economia brasileira poderá chegar a um crescimento de 6% neste ano. É anotar para ver, até mesmo que o governo federal se diz satisfeito se este alcançar 4% em 2012.

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