06/03/2012 - PIB DE 2011 CRESCEU 2,7%


Divulgado hoje o PIB de 2011. O crescimento foi abaixo do esperado, de 2,7%. O resultado ficou muito menor da metade de 7,5%, do crescimento de 2010. No início de 2011 o governo estimou uma taxa de 5% e os analistas consultados pelo Banco Central previam 4,5%. O valor do PIB encontrado pelo IBGE montou a R$4,143 trilhões em valores correntes, ultrapassando pela primeira vez os R$4 trilhões. O PIB per capita atingiu R$21.252,00, dividido por 13 meses, tem-se R$1.634,77 mensais. A alta da renda per capita em relação a 2010 foi de 1,8%, inferior ao PIB integral devido à concentração de renda brasileira.

O IBGE calcula a ótica da oferta e a ótica da demanda. Dessa forma, a oferta da agropecuária se elevou em 3,9%; da indústria, 1,6%; dos serviços, 2,7%. Já a demanda apresentou os investimentos subindo 4,7%; o consumo das famílias, 4,1%; o consumo do governo, 1,9%. Para ambos os lados, soma-se o valor das exportações e se deduz o valor das importações.

A desaceleração do PIB de 7,5% em 2010 para 2,7% em 2011 se deve aos efeitos da inflação alta e da crise externa que fez a zona do euro recuar - 0,3%. Com isso, o Brasil ultrapassou o PIB do Reino Unido e assumiu a sexta colocação mundial. O PIB brasileiro chegou a US$2,48 trilhões enquanto o PIB do Reino Unido alcançou US$2,26 trilhões. A economia brasileira ficou abaixo de US$300 bilhões da economia francesa, a quinta colocada.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afiançou que o governo fará tudo para que em 2012 a economia cresça 4%. Adiantou que as medidas para estimular o crescimento são a redução da taxa básica de juros, desonerações em segmentos estratégicos dos setores produtivos, incentivos para investimentos, ações para estimular o crédito e o consumo das famílias.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, criticou: “esse pibinho é decepcionante para toda a sociedade brasileira”. O fato é que a economia brasileira cresceu ainda menos da metade dos demais países do BRIC. O último ano do governo FHC foi exatamente de 2,7% de crescimento em 2002. O governo de Lula começou com 1,1% em 2003; 5,4% em 2004; 3,2% em 2005; 4% em 2006; 6,1% em 2007; 5,2% em 2008; - 0,6% em 2009; 7,5% em 2010. A média da era Lula alcançou 4%. Isto é, a sociedade acredita que a economia brasileira continua muito tímida, mediante cenário favorável no século XXI.

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