02/03/2012 - ÍNDICE DE QUALIDADE DO SUS


O Ministério da Saúde criou o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) formado por 24 indicadores de saúde. Referido indicador deverá ser analisado pelos especialistas nos próximos dias, que não são do governo. O interessante agora é saber o que o governo federal interpreta dos seus próprios levantamentos. O IDSUS varia de zero a um. Os dados colhidos para esse primeiro estudo foram de 2007 a 2010. As notas foram distribuídas em seis grupos, sendo aqueles com nota de 1 a 6, dos mais ricos (no grupo 1), e com melhor estrutura de saúde, aos menos ricos (grupo 6).

O IDSUS médio ficou em 5,47. O número em si, vindo do próprio governo, é regular, é médio, é razoável. Portanto, o próprio governo reconhece que não é bom. Os críticos de uma maneira em geral consideram a saúde pública brasileira deficiente. Em sua defesa, o Ministério da Saúde alega que a nota média do IDSUS foi puxada para baixo devido às dificuldades de acesso aos serviços especializados, tais como exames mais elaborados e consultas com especialistas. Na verdade, é um reconhecimento da precariedade do atendimento.

Conforme o relatório, a melhor nota coube à pequena cidade de Arco Iris, no interior paulista, com 8,38. A pior nota ficou com o município baiano de Pilão Arcado, com 2,5. No estudo, 347 municípios conseguiram nota acima de 7. Entretanto, juntos, tais municípios congregam apenas 1,9% da população brasileira. As notas acima de 8 se referem somente a seis cidades, correspondente a 0,1% da população total. Dos 5.563 municípios avaliados, 1150 (21%) tiveram média menor do que 5. Outra revelação é de que nas 4.066 cidades que tiraram nota entre 5 e 6,9 residem mais de 70% da população brasileira. Somente 3,2 milhões de cidadãos residem em municípios que conseguiram nota maior do que 7.

Foram 13 Estados que tiraram nota acima de cinco, na ordem a seguir: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Roraima, Acre, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia. É incrível que o Rio de Janeiro tenha sido reprovado. O pior Estado foi avaliado como o Pará.

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