11/03/2012 - ECONOMIA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA
A cada trimestre, desde 2008, o Ministério da Fazenda divulga o relatório de a Economia Brasileira em Perspectiva, geralmente mais de 100 páginas com cenários otimistas para a Nação. O último divulgado, o 13º é relativo ao período de agosto a outubro de 2011, admitindo um crescimento de 3,8% do PIB. Há uma semana o crescimento divulgado da economia nacional foi de frustrantes 2,7%. Aliás, foi essa taxa a do último ano do governo da era Cardoso. Tomando 10 anos, justamente a era do PT no governo, tem-se a taxa média de incremento do PIB de 3,52% ao ano. Quer dizer, a gestão do PT recebeu a economia brasileira estabilizada e não realizou ainda o prometido espetáculo do crescimento. Por que não? Sem dúvida que o Brasil está melhor, mas o governo tem imensa dificuldade em investir mais, em ultrapassar os 20% de taxa de investimento sobre o PIB, verificados nos melhores anos da década de 1970, isto devido aos limites do orçamento federal, o qual tem praticamente a metade comprometida para pagar a dívida pública.
A era do PT inaugurou também uma prática de rever as taxas de crescimento do PIB duas vezes, coincidindo com o a elevação da taxa original ou melhoria do resultado. Segundo dados para o PIB de 2009, cuja primeira divulgação foi de – 0,2%, em março de 2010. Depois no final de 2010 foi revista para – 0,6%, numa piora não verificada nos PIB da era citada. No relatório de agosto/outubro foi definitivamente revisada para – 0,3%.
O documento em referência é resultado do trabalho conjunto das cinco secretarias do referido ministério: Secretaria de Política Econômica, Secretaria do Tesouro Nacional, Secretaria de Assuntos Internacionais, Secretaria de Acompanhamento Econômico e Secretaria da Receita Federal do Brasil. Este é o mais forte ministério e fonte da política econômica federal. Os temas abordados giram em torno da atividade econômica, emprego, renda, inflação, juros, crédito, política fiscal, setor externo e panorama internacional.
Este último documento ressalta o menor nível de desemprego já registrado em outubro, de 5,8%, em contraste com a média de 8% observada nos países do G-20. No relativo à taxa de inflação, os números mais recentes mostram considerável arrefecimento do IPCA, indicando a convergência da inflação para o centro da meta.
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