10/03/2012 - DE VOLTA AO PAÍS DO FUTURO


A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou estudo intitulado “De Volta ao País do Futuro”, no qual aponta que a classe média em 2003 era de 65,8 milhões, sendo agregados em nove anos 25 milhões e até 2014 serão somados mais 27,2 milhões, no total de 118 milhões. Isto é o dobro do que tinha em 2003. A taxa anual do seu crescimento tem sido de 11,9%, segundo a FGV. O índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, que já foi superior a 0,6 se encontra hoje por volta de 0,52. O mais surpreendente é que as classes A e B crescem em ritmo maior. Calcula que até 2014 serão agregados mais 15,7 milhões. O cotidiano brasileiro já registra 150 mil habitantes tidos como milionários. Ou seja, aqueles que possuem mais de um milhão de dólares. O relatório consigna que a pobreza segue caindo a um ritmo de 7,9% ao ano e a desigualdade na distribuição da renda vem descendo desde o ano 2.000.

Os reforços nos programas sociais, na luta pela erradicação da miséria, no estímulo a formalização de empreendedores, na presença do bônus demográfico, nos investimentos que estão crescendo via Programa de Aceleração do Crescimento, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 são os fatores que estão contribuindo para que o Brasil alcance nas próximas décadas o grau de desenvolvido.

O Ministério da Fazenda tem revelado que o Brasil voltou a crescer mais neste início de ano e que aguarda uma aceleração do crescimento no segundo semestre. Além da política monetária de baixar a taxa básica de juros (SELIC), os incentivos que estão em vigor serão prorrogados e estão sendo concluídos estudos para desonerar os segmentos industriais que mais vem perdendo competitividade. A taxação progressiva de IOF já deu resultados e o dólar está acima de R$1,80. É muito pouco, para um País que cresceu 2,7% em 2011, perante seus companheiros emergentes. A China cresceu 9,2%. A Índia, 6,9%. A África do Sul 3,1%.

Os entraves também são grandes e não foram apontados pela FGV. Por exemplo, a educação do brasileiro progride muito lentamente. O ministro Aloizio Mercadante se assustou ao saber que em Alagoas 35% das crianças de até 15 anos não estão alfabetizadas, enquanto no Paraná o indicador é de apenas 4%. Dessa maneira, a sua equipe prepara dois programas para já. O PRONACAMPO, que tem o objetivo de reduzir a defasagem educacional dos alunos que vivem na área rural. Outro programa é a Alfabetização na Idade Certa.

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