TRIGO TRANSGÊNICO

 

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou o cultivo e a  venda do trigo geneticamente modificado, tolerante à seca no Brasil, sendo um grande impulso para o seu cultivo, visto que o País é tradicional importador de trigo, principalmente da Argentina, além de estar sujeito aos temores de desabastecimento global de alimentos e o clima seco das regiões Sul e Sudeste, quando ocorrem, aumentando a atratividade de mais um transgênico.

O Brasil é o segundo país do mundo ao aprovar a variedade de trigo Bioceres HB4 para cultivo, apresentada a proposta pela parceira Tropical Melhoramento e Genética. O primeiro fora a Argentina. O mercado para consumo é mundial e muito amplo.

A Agência Reuters assim se referiu, mediante a citada aprovação: “O Brasil é um dos maiores mercados consumidores de alimentos do mundo. Embora o sinal verde não signifique que o País necessariamente cultivará trigo transgênico para produção em breve. Isso reflete uma alteração de atitude à medida que as mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia aumentam as preocupações com uma crise alimentar global”.   

Para fins comerciais, o trigo transgênico nunca foi comercializado. Isto porque os consumidores demonstraram preocupações com alergias ou efeito tóxico em seu consumo. Porém, pesquisa recente apontada pela Bioceres revelou que 70% dos consumidores não se importariam em consumir pães, massas, bolos e doces, contendo o referido insumo.

Por seu turno, variedades de soja e milho são produzidas e consumidas via animais, não pelos seres humanos. Está aí um amplo tema para as gerações futuras, ainda mais que a crise alimentar sempre esteve no radar dos pesquisadores e produtores.

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