FÉRIAS COLETIVAS EM MONTADORAS DE VEÍCULOS
Perto de alcançar os 100 dias do novo governo federal, a
economia brasileira se retraiu muito e, pelo menos, cinco montadores de automóveis
tão dando férias coletivas neste início do ano, visto que a demanda de veículos
automotivos está reprimida, pela perda de poder aquisitivo dos consumidores, juros
mais elevados do mundo para combater a elevada inflação, falta de peças e
componentes.
As fábricas de automóveis no Brasil anunciaram que farão
paralizações temporariamente, para não ficarem com estoques acumulados. Iniciaram
os movimentos referidos no final de fevereiro e continuarão até início de maio.
Os motivos são diversos, tendo iniciado com a falta de
matérias primas no início da pandemia do covid-19, que elevaram os preços dos
carros usados e depois tiveram de fazer elevações também nos carros novos. A oferta
vem sendo reduzida para ajustar-se à demanda reprimida, devido aos juros altos,
tanto para a produção como para o consumo durável.
Muito embora as vendas tenham se elevado em 13% em janeiro, o
crescimento foi menor do que o esperado pela Associação de Fabricantes de
Veículos Automotores (ANFAVEA), além da demanda a partir de fevereiro está dando
sinais de desaceleração.
A ANFAVEA, bem como as entidades industriais de classes
produtivas, estão propugnando a baixa das taxas de juros, que está provocando o
combate à inflação, mas também desaquecendo a economia brasileira.
Os financiamentos de veículos correspondem entre 70% a 80% da
venda de veículos, conforme ressaltaram as classes produtoras.
O novo governo está querendo aquecer a produção nacional e o
presidente da República já se referiu em público, que irá se reunir com os
dirigentes das automobilísticas, visando uma breve solução.
Enfim, a ANFAVEA refere-se também que os preços dos
semicondutores estão muito elevados e que muitas das fábricas de veículos
precisam fazer alterações nas linhas de montagem, visando redução de custos.
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