LIQUIDEZ CARA E DESINSENTIVADORA
O que tem sido dirigido ao crédito, de uma maneira em geral,
é um dinheiro caro e que não incentiva o parelho produtivo da economia
brasileira. Já há várias instituições financeiras projetando crescimento
negativo neste e no próximo semestre, o que caracterizaria a chamada recessão
técnica.
A cada mês que o IBGE tem divulgada inflação oficial, mas a
inflação está firme e não cede, o que obriga o Banco Central (BC) a continuar
com a política ortodoxa de taxa básica de juros elevada, visando conter a
inflação.
O BC reconheceu que o endividamento e o comprometimento da
renda das famílias seguem elevados, além da capacidade de pagamento de dívida
das empresas ter diminuído neste primeiro trimestre.
Relativo às concessões de crédito, de uma forma em geral, o
BC anotou que o apetite ao risco das instituições financeiras se arrefeceu.
Porém, continuam elevados os empréstimos, principalmente no cartão de crédito.
O Relatório de Estabilidade Financeira, editado pelo BC, apresentou
um cenário no qual a elevação da incerteza ampliou o impacto no sistema
econômico. O quadro mais severo se deve à quebra de confiança no regime fiscal.
Conforme o referido relatório: “Teste de análise de
sensibilidade verificou que mesmo que os ativos problemáticos dobrassem, em relação
aos níveis atuais, o sistema financeiro não apresentaria desenquadramento
relevante”.
É uma forma de dizer. No entanto, o crédito caro desestimula a
atividade econômica e isso não é bom para a economia brasileira.
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