ENDIVAMENTO CONTINUA CRESCENDO

 

O endividamento das famílias brasileiras continua crescendo, conforme a empresa de consultoria em crédito, a SERASA. Atualmente, a proporção de famílias endividadas se elevou 0,3%, de janeiro para fevereiro, informou a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual subiu para 78,3%. Na comparação com fevereiro de 2022, a elevação do endividamento subiu 1,7%.

A média histórica de 2022 foi a maior desde o início da série em 2010. Ela considera qualquer tipo de dívida, principalmente o cartão de crédito, ainda que pago em dia. No último trimestre do ano vinha perdendo fôlego a média em referência. Porém, agora recuperou o ritmo de crescimento. A elevação foi causada por vencimentos de despesas comuns no início do ano, tais como despesas com educação, geralmente parceladas em cartão de crédito, tributos e contribuições para órgãos de classe.

O mercado de trabalho continua tendo resultados positivos, mas a taxa de emprego continua crescendo a taxas decrescentes. Isso ameniza o grau de endividamento.

O relatório mensal do CNC sobre endividamento assim se refere: “Quem tem dívidas mais antigas segue enfrentando dificuldades de sair da inadimplência, em função dos juros elevados. A proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,6% do total, estável em relação a janeiro, mas a proporção mais alta desde outubro. O tempo médio de atraso nos pagamentos foi de 62,7 dias, o maior desde janeiro de 2021”.

Sem dúvida, as famílias brasileiras têm muito elevado grau de endividamento. Isto torna a situação do clima econômico de crescente insatisfação. Ainda mais que os preços dos combustíveis voltaram a se elevar, em razão do retorno dos tributos federais, antes zerados, desde início de 2021, além dos Estados retornarem a aumentar o ICMS sobre os referidos combustíveis.

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