PIB EM 12º LUGAR

 

O IBGE calcula o PIB trimestral há muitas décadas. No cálculo do PIB do quarto trimestre, ele apresenta com grande destaque o PIB do calendário gregoriano. Assim, o IBGE costuma divulgar o PIB anual com bastante atraso. Geralmente, no início do terceiro mês do primeiro trimestre do ano que se começou. Foi o que aconteceu agora, mais uma vez, quando declarou que o PIB brasileiro cresceu 2,9% em 2022.

A expectativa sempre é de ter-se o espaço de tempo de um ano para refletir sore a pesquisa do futuro para o ano entrante. Dessa maneira, quatro trimestres consecutivos, passaram a indicar que o PIB brasileiro ingressou em uma curva descendente ou em um processo de desaceleração. O Ministro da Fazenda, perante o resultado final de 2022, apressou-se em dizer que o País está recuando na taxa de crescimento do PIB, mas que não ingressou ou ingressará em recessão neste ano, visto que a equipe econômica está reunindo esforços para que a economia brasileira volte a crescer e a crescer bem. As fichas mais fortes estão na reforma tributária. Porém, outras reformas terão que acontecer. Ademais, três motivos parecem indicar o crescimento do PIB neste ano, por volta de 1%, tal como prevê o mercado financeiro, consultado semanalmente pelo Banco Central, em suas projeções. Primeiro, a expectativa positiva para a agropecuária, visto que a plantação começou em julho de 2022 e vai dando sinais de que se terá uma boa safra em meados de 2023, mediante recordes de produção. Segundo, a herança de 2022, de baixo crescimento dos setores secundário e terciário. Terceiro, pela resiliência do mercado de trabalho.

Como sempre, o Estado de São Paulo correu na frente. Fez sua pequena reforma tributária, naqueles tributos que tem alcance, atraindo capitais de investimento, visto que a tônica foi a de reduzir tributos e propor incentivos ao capital produtivo. Como São Paulo é o Estado que reúne mais infraestrutura, reveladas nas economias de aglomeração, no desenvolvimento tecnológico e na sua mão de obra cada vez mais qualificada, sem dúvida, ingressará em maior produtividade do que a média do País.

A agência de risco americana Austing Rating posicionou a economia brasileira como a 12ª do mundo, contra a 13ª do ano passado. O Brasil já esteve na frente de vários emergentes, tal como a Índia, que corre célere e hoje ocupa o 5º lugar no PIB mundial. O País chegou a ocupar o 6º PIB do globo antes de 2014. Porém, veio a grande recessão de 11 trimestres, a partir do segundo trimestre de 2014, além da economia a andar de lado de 2017 a 2019. Em 2020, a economia nacional teve que enfrentar a pandemia do covid-19, chegando agora a estar em 12º lugar.

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