PIB POTENCIAL A SER DESTRAVADO
O PIB potencial é a capacidade da economia em alavancar o
crescimento. No momento atual, no qual a conjuntura apresenta dois candidatos à
presidente da República, os quais não deixaram claros os seus programas de
governo, ambos radicalmente de posições contrárias. O presidente atual, Jair
Bolsonaro, de agenda liberal, como seu próprio partido indica, o PL, assim como
o ex-presidente Lula, também como o próprio nome do partido dele indica, o PT.
O segundo, levando vantagem para o segundo turno, a ser realizado no próximo
dia 30, de cerca de 6,1 milhões de votos, que obteve no primeiro turno. Os
investidores estão vendo a disputa equilibrada, e que, caso Lula seja vencedor,
ele terá que enfrentar um Congresso de maioria de partidos de direita e que não
poderá radicalizar, agradando aos empresários. O presidente Bolsonaro, embora
tenha maioria congressual tem menor chance de reeleito. Mas, se o for, poderia
realizar as reformas a que tanto se refere, como exemplos, a tributária e a
administrativa. Portanto, a expectativa dos mercados é de que o PIB potencial
deverá ser destravado, para um melhor nível de crescimento, vez que a maioria
dos analistas financeiros, consultados pelo Banco Central se refere a um PIB de
2023, de pífio meio por cento. Já o governo federal se refere a um PIB
potencial de 2,5%. Por oportuno, o Banco Mundial (BIRD) elevou a sua previsão
do PIB brasileiro deste ano de 1,5% para 2,5%. Esta instituição geralmente vem
atrasada na divulgação do PIB anual brasileiro. Vem acompanhando, depois de
conhecer as mudanças das instituições financeiras consultadas pelo Banco
Central. Para 2023, o BIRD estima uma desaceleração do PIB para 0,8%. O mercado
financeiro já está projetando 2,7% para 2022, contra 2,02% estimado por eles no
início do ano. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) projeta 2,8%
para o PIB de 2022.
Convém lembrar aqui que o Brasil tem sei conduzido melhor do
que o estimado pelo mercado financeiro, tanto mundial como nacional. A propósito,
o ano forte da pandemia do covid-19 (2020) teve o Fundo Monetário Internacional
(FMI), prevendo para o Brasil uma queda do PIB de cerca de 9,0% e o País recuou
3,9% naquele ano. O Ministro da
Economia, Paulo Guedes, referiu-se a que “o FMI não ajudou em nada o Brasil”,
Mas, não só ele, o Banco Mundial também vem atrás nas estimativas, bem como as
cerca de 100 instituições financeiras, que semanalmente calculam suas medianas
do PIB, para servir de informações ao boletim Focus.
O PIB potencial pode ser calculado, visto a taxa de
incremento da demanda agregada, puxada pelo crescimento do consumo das famílias
e do investimento das empresas, além da abertura para o comércio internacional.
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