NOVA PROJEÇAO DO PIB

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou uma nova projeção do PIB para 2022. Surpreendeu, porque é a primeira grande instituição, que está prevendo um bom crescimento da atividade econômica, acima da projeção oficial. Isto é, de uma taxa de 3,1%. A estimativa anterior da CNI, de julho deste ano, era de incremento de 1,4%. Mais do que dobrou. Já a estimativa setorial, que mais se destacou, foi da própria área industrial, de uma previsão anterior de julho, de incremento do PIB Industrial de 0,2% para 2,0%. Um crescimento de 10% vezes.

Ontem mesmo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) veio a público reduzir o crescimento mundial de 3,1%, para 2,7%. Já para o Brasil a previsão oficial é de incremento do PIB de 2,7%. Antes o FMI projetava um crescimento menor do Brasil, em relação ao PIB mundial. A percepção geral é de que a economia brasileira está indo na contramão de um globo, que caminha para um processo recessivo, nas suas maiores economias, enquanto o País caminha para melhor nível de crescimento.

Muito embora o FMI tenha declarado ontem que a sua próxima previsão trimestral poderá ser uma taxa ainda menor do que a divulgada agora, houve na última semana uma revisão positiva se dando para o País, visto que houve normalização parcial das cadeias de suprimentos, perante uma guerra entre Rússia e Ucrânia, que recrudesceu nos últimos dias, além das paralisações econômicas parciais na China, em combate aos efeitos, que avançam, em novo ciclo de variantes da pandemia do covid-19.

No Brasil, o abastecimento parcial de insumos tem beneficiado o setor industrial, principalmente na construção civil, com saldo positivo no Programa Casa Verde e Amarela, programa de financiamento habitacional do governo federal. Por seu turno, a CNI, em face à grande melhoria para combate aos efeitos da pandemia em referência, projeta um crescimento do PIB de Serviços, cuja projeção passou de 1,8% para 3,8%, neste ano de 2022.

Para Robson Andrade, ainda ontem, presidente da CNI: “O Brasil precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a competitividade e a produtividade das empresas”. Para isso, o País precisa dar continuidade das reformas econômicas, que poderá constar do programa econômico do presidente, que se elegerá no dia 30. Principalmente, da reforma tributária, que tem sido reclamada, em muito tempo, pelo setor industrial brasileiro.

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