PERDA DE EMPREGOS COMPLEXOS
A Universidade Federal de Minas Gerais, através do Grupo de
Pesquisa em Política Pública e Desenvolvimento, baseado no Registro Anual de
Informações Sociais, há dois dia atrás divulgou estudo no qual evidencia que o
Brasil perdeu 890 mil empregos de média e grande complexidade, no período de
sete anos, de 2013 a 2020. Uma amostra das consideradas somente as 12 profissões
de grande complexidade, tanto na indústria de bens de consumo como no setor de
serviços, a perda foi de quase 380 mil.
Conforme o referido estudo, a participação do grupo de
empregos de alta complexidade vem perdendo posição no emprego total dos referidos
segmentos pesquisados, passando de 11,4% para 9% de 2006 a 2020. Entretanto, de
2006 a 2013, houve uma elevação do citado nível de emprego. Passando de 3,92
milhões para 5,04 milhões no período em referência.
Quando a economia ingressou em recessão, a partir do segundo trimestre
de 2014, as estatísticas do citado segmento vieram caindo paulatinamente,
batendo em 4,15 milhões em 2020, perdendo 890 milhões de empregos, voltando ao
patamar registrado em 2007.
Como exemplos os pesquisadores se referiram a que o segmento
automotivo tem liderado a perda dessas vagas. Em 209, a Ford anunciou a sua saída
do Brasil. Os funcionários de Taubaté foram demitidos e a fabrica na Bahia
encerrou suas atividades com 4.000 demissões. A Caoa Chery decidiu limitar suas
atividades em Jacareí, São Paulo, fechando sua fabrica momentaneamente, segundo
ela, demitindo 600 funcionários. Na fabricação de produtos de metal, a demissão
ocorreu de 90 mil, de 2014 a 2020. Para aqueles que atuavam na produção de
veículos, a queda no emprego foi de 80 mil no mesmo período. No segmento de
serviços a redução no emprego foi de 100 mil.
A solução para estancar a redução do nível de empregos de
alta complexidade seria o aumento de recursos para a educação, em ciência e a
tecnologia, expansão do crédito e a retomada de políticas públicas que reforcem
a formação de maior valor agregado.
Enfim, a perda de empregos complexos tornam os segmentos
produtivos do País em referência menos competitivos e continuarão reduzindo o tamanho
da indústria brasileira na formação do Produto Interno Bruto.
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