ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS
Conforme levantamento mensal da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em setembro, foi batido o terceiro
recorde seguido de endividamento, aproximando-se de 80% das famílias
brasileiras. Ou seja, a rigor, foram 79,3% dos lares, que estão com dívidas a
vencer.
A puxada de 0,3%, de setembro, em relação a agosto, foram às
famílias de mais baixa renda. Entretanto, o endividamento ficou estável para
quem recebe dez salários mínimos (R$12.120,00) ou mais. Já o endividamento
cresceu 0,4%, para aqueles que possuem renda menor do que dez salários mínimos.
Neste grupo, 80,3% declararam estar com débitos em atraso.
Pela primeira vez, desde que a pesquisa da CNC começou a ser
feita, em 2010, a faixa de menores rendimentos ultrapassou o patamar de 80%.
O estudo considerou as famílias que afirmaram ter dívidas a
vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de
crédito consignado, empréstimo pessoal, prestações da casa própria de
automóveis.
O endividamento e a inadimplência têm fortes influencias das
taxas de juros praticadas. Estas estão bastante elevadas no País, visando
combater o ciclo de alta da inflação. Por seu turno, as estimativas do
informativo Focus desta semana revelou que a mediana da inflação oficial se
reduziu de 5,74% para 5,71%, neste ano, sendo a 15ª retração revelada pelo
mercado financeiro. A previsão para o PIB foi mantida em 2,70% para 2021 e de
0,54% em 2023; a taxa SELIC estimada para 2022 foi mantida em 13,75% e também
mantida em 11,25% pra 2023; por sua vez a mediana das estimativas do dólar
comercial permaneceu em R$5,20, tanto para este ano como para o próximo.
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