PRODUTIVIDADE DO TRABALHO
A produtividade do trabalho é a taxa de crescimento da produção ano após ano. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), para o período 1995 a 2001, revelou que a produtividade por hora trabalhada do setor da agropecuária foi de 5,6% ao ano. Isto muito se deve ao agronegócio que tem batido sucessivos recordes na balança de exportações menos as importações. O saldo comercial tem sido positivo em muitos anos.
Pelas estatísticas dos produtos setoriais, a agropecuária cada vez mais assume participação expressiva do PIB. O agronegócio está em torno de 27,4%, segundo o Centro de Pesquisas de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP, e a produção para consumo doméstico, basicamente, em 10,0%. Enquanto o setor industrial vem perdendo cada vez mais a sua participação no PIB e o setor de serviços vem sofrendo pelas crises de consumo, principalmente esta última, da pandemia do covid-19, que trouxe de volta o processo inflacionário para a casa de dois dígitos.
Conforme o IBRE/FGV, em 1995, o trabalhador rural conseguia produzir R$4,30 por hora trabalhada. Em 2021, o empregado rural conseguia produzir R$18,60 por hora trabalhada. Já a produtividade de um trabalhador do setor industrial caiu, no mesmo período, de R$38,80 para R$36,60. Numa queda anual de 0,2%. Por seu turno o setor de serviços, que é responsável por 70% das horas trabalhadas, a produtividade ficou estagnada. No ano passado, a produtividade dele fora de R$37,00. Em 1995 fora de R$33,50. Uma elevação de 0,4% ao ano.
Nos 25 anos em referência, consoante exame dos pesquisadores do IBRE, o período em que a produtividade do trabalhador rural mais cresceu foi de 2007 a 2014, de 7,5% anuais.
Na atual pandemia do covid-19, a produtividade da agropecuária cresceu muito em 2020 por volta de 6,1%. Porém, mediante efeitos devastadores do ano seguinte, ela recuou 9,5%, mais ainda. Muito provavelmente neste ano poderá dar o troco.
A remuneração do trabalhador rural ainda está em 15% mais baixo do que o trabalhador da indústria, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Isto se deve ao melhor grau de escolaridade e de aperfeiçoamento do trabalhador industrial.
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