COPOM AUMENTA SELIC PARA 12,75%
06-05-2022
O COPOM é o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúne a cada cerca de 45 dias, para decidir sobre a taxa básica de juros, denominada de SELIC. B reunião desta semana o COPOM decidiu elevar a SELIC em 1% ao ano, indo a taxa básica de juros para 12,75% anuais. Trata-se do mais longo ciclo de aperto monetário ininterrupto da história do COPOM, depois de dez aumentos em sequência, desde março de 2021, para tentar reduzir a inflação, que não tem parado de subir, principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que levou ao boom das matérias primas e dos alimentos, provocando inflação em todo o globo. No países menos desenvolvidos a taxa de inflação é bem menor do que nos países desenvolvidos, o que sempre ocorreu no curso da história.
A mais alta tarde mais recente estava em fevereiro de 2017, quando esteve em 13%. A taxa atual, que saiu de 2% há um pouco mais de um ano, já é ciclo mais forte desde 1999, quando houve um ataque especulativo ao País, deixando as reservas internacionais praticamente em zero, obrigando o Banco Central é fazer uma elevação brutal na taxa SELIC, de 20% em uma só vez, para que se atraíssem os capitais financeiros daquela ocasião.
A SELIC elevada induz os bancos a elevarem as suas taxas de juros em diferentes linhas de crédito, encarecendo o processo produtivo e reduzindo as perspectivas dos capitalistas em investirem. Antes de tudo vem a retração no consumo agregado, principalmente aquele movido ao crédito.
Perante o aumento da SELIC, O País retornou a ter a maior taxa real de juros do mundo. Isto é, a taxa nominal descontada da inflação. Os cálculos estão no site MoneYou e da Infinity Asset Management, entre 40 economias analisadas. Assim, o juro real brasileiro se encontra em 6,69% ao ano.
Em resumo, a SELIC tão alta desestimula os investimentos produtivos, mas estimula as aplicações financeiras, que podem atingir à taxa de 1% ao mês, dependendo do prazo da aplicação financeira.
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