LUCRO EXTRAORDINÁRIO DA PETROBRAS
08-05-2022
No dia 5, passado, a Petrobras informou ao mercado que registrou lucro líquido de R$44,561 bilhões no primeiro trimestre. O resultado alcançado é de 3.718,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a empresa informou lucro líquido de R$1,167 bilhão. Este é o maior lucro líquido já registrado por empresa de capital aberto, para o primeiro trimestre, conforme consultoria Economática.
O presidente da República considerou o referido resultado da estatal como “um estupro”, informando que não tem ingerência na política de preços da empresa, embora o País seja o acionista majoritário. Ora, na verdade poderia regulamentar preços, consoante fizeram Lula e Dilma. Ele não faz isso porque sabe que já houve ações internacionais na bolsa de Nova York, quanto às interferências na empresa, tendo o País perdido tais ações executivas.
Instada a informar o que houve o diretor de comercialização e logística da Petrobras, Cláudio Mastella, disse que “aguarda uma estabilização de defasagem Para um novo patamar para então implementar mudanças”. A linguagem rebuscada é somente para esconder que a empresa, através da sua política de preços de paridade com as importações obtêm lucros extraordinários.
O que acontece então? A Petrobras produz mais de 100% das suas necessidades de petróleo. No entanto, é um petróleo do tipo pesado, assim como os consumidores nacionais de petróleo consomem o petróleo do tipo leve, havendo necessidade de exportação e importação de barris da matéria prima.
Os lucros extraordinários advêm justamente dos preços de importação, cuja correção dos preços domésticos dos combustíveis são feitos em dólares valorizados. Na verdade, a estatal deveria trabalhar fixando mark ups e não repassando o ônus global, que onera todos os brasileiros.
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