ANALFABETISMO NO BRASIL

24-05-2022

O Plano Nacional de Educação previa que a erradicação do analfabetismo infantil se daria até 2024. Entretanto, não estavam no radar do Ministério da Educação os efeitos da pandemia do covid-19.

Os movimentos “Todos pela Educação” trouxeram dados que mostraram o agravamento da situação do analfabetismo infantil. Entre 2019 a 2021, houve uma elevação de 66,3% no número de crianças de 6 a 7 anos de idade que não sabiam ler, nem escrever. Em 2019, era 1,4 milhão de crianças. Em 2021, foram 2,4 milhões. Dessa forma, o percentual de crianças entre 6 a 7 anos não sabiam ler e escrever passou de 25,1%, em 2019, para 40,8% em 2021. Por seu turno, os números mostraram que há diferenças sociais e de cor. Entre as crianças mais pobres, que não sabiam ler escrever, aumentou de 33,6% para 51%, entre 2019 a 2021. Entre as crianças mais ricas, a elevação foi de 11,4% para 16,6%. O número de crianças pretas, de 6 a 7 anos de idade, que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% para 47.4%. Já o número de crianças da referida idade, no mesmo período, passaram de 28,2% para 44,5%.

Olhando o quadro geral de analfabetismo no País, em 2018, representava 6,8% da população. Em 2019, caiu para 6,6%. Sem dúvida, ainda não conhecido os dados da pandemia do covid-19, para o Brasil como um todo, é bem provável que referida taxa esteja próxima de 7% da população. Ou seja, poderiam estar próximos de 15 milhões de analfabetos.

No Estado da Bahia, desde 2016, quando se iniciou a série de dados sobre educação na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a Bahia aparece com o maior número de pessoas de 15 anos ou mais analfabetas do Brasil. A cada 100 baianos, aproximadamente 13 se declararam analfabetos. O número da última PNAD Contínua é de 12,9%. Quer dizer, o Estado da Bahia apresenta uma taxa se aproximando do dobro da taxa média nacional.  

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