REAL MUITO DESVALORIZADO

O real está desvalorizado em relação ao dólar em cerca de 40%. Assim, os brasileiros que estão no exterior e tem ligações familiares com o Brasil remetem dólares com mais força para ganhar maior poder de compra interno. O Banco Central informou que, em setembro, foram registrados US$293 milhões de transferências para o Brasil de pessoas físicas. Trata-se do maior volume para o mês de setembro, conforme série histórica iniciada em 1995. No ano passado, em setembro, as remessas foram de R$248,6 milhões. De 1º de janeiro a 30 de setembro deste ano já chegaram US$2,407 bilhões, revelando um crescimento de 11,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Dessa maneira, o dólar mais caro, transformado em reais propicia maior poder de compra doméstico. Por seu turno, a alta do dólar desincentiva o envio de recursos ao exterior. Em setembro as transferências externas foram de US$128 milhões, queda de 18,9%, em relação a setembro de 2019. Em nove meses de 2020, as remessas ao exterior alcançaram US$1,065 bilhão, recuando 31,1%, em relação ao mesmo período de 2019.

Vieram US$147,2 milhões dos Estados Unidos. US$57 milhões do Reio Unido. US$17 milhões de Portugal. US$9,8 milhões da Espanha. US$7,7 milhões da Itália. US$7,6 milhões do Japão.

Tal dinheiro, com inflação em alta, encontra mais abrigo em títulos de renda fixa, indexados ao IPCA. Pressionado pelos alimentos o IPCA-15 ACELEROU PARA  0,94%.

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