ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS SERVIÇOS
Nos países desenvolvidos o setor terciário, composto de comércio e serviços, representa mais de 60% do PIB. No Brasil, anda na casa de 50%, já há um bom tempo. Sim, o Brasil continua preso na armadilha de país de renda média, como já se disse muito nos anos de 1970, um pais que deixou de ser subdesenvolvido, para ser um país em desenvolvimento ou um país emergente. Mas, há 50 anos não saí dessa faixa. Ou seja, na classificação da ONU, para estar sendo um país desenvolvido, deveria ultrapassar a faixa de renda per capita de US$16,000.00. O Brasil nunca ultrapassou o patamar de US$11,000.00 e, neste ano, em recessão profunda, está descendo a ladeira, muito embora haja sinais de que no ano que vem obterá crescimento econômico. Determinados analistas de mercado, consultados pelo Banco Central, semanalmente, projetam um crescimento do PIB, por volta de 3,5%. Talvez, baseados no fato que as vendas da indústria de transformação do Estado de São Paulo avançaram 8,1%, entre agosto e setembro, segundo a FIESP. Contudo, na comparação com o nível pré-pandemia, considerando fevereiro de 2020, as vendas reais ficaram 14,4% maiores em setembro. Ainda assim, não recuperará o perdido em 2020, em recessão estimada próxima de - 5% do PIB.
A Fundação Getúlio Vargas, que há muitas décadas acompanha a conjuntura econômica, apresentou ontem que o Índice de Confiança dos Serviços avançou 2,9 pontos em agosto, para 87,9 pontos. Esta é a quinta alta consecutiva, mas a FGV afirma que há desaceleração do indicador desde julho. Assim, apesar de manter a trajetória ascendente, a confiança no setor terciário mostra ritmo muito diferente entre seus componentes. Como varia de 0 a 200, o indicador está muito aquém do patamar pré-pandemia. Deveria estar próxima de 100 ou suplantar referida barreira.
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