INFORMALIDADE E DESEMPREGO
O conceito de trabalhadores informais, segundo o IBGE, é o conjunto de pessoas que trabalham no setor privado, sem carteira de trabalho assinada e sem CNPJ, incluindo trabalhadores domésticos não registrados, empregadores, trabalhadores familiares e por conta própria. Na comparação com os mesmos meses de maio a julho de 2019, os trabalhadores informais se reduziram em 20%. O emprego informal praticamente não fora retomado no Brasil e eles estão sobrevivendo, em imensa maioria, do auxílio emergencial do governo federal, que cessará em dezembro. Isto acontece porque a pandemia do covit-19 está presente.
Dessa forma, de maio a julho o IBGE registrou 30,6 milhões de trabalhadores sem registro formal. Eles representam 37,4% da população ocupada.
A onda de desemprego atual não é conjuntural, que seria provocada por crises localizadas ou temporárias. O desemprego recente é estrutural e tem razões globais, no enfrentamento da pandemia do coronavírus, que levou ao isolamento horizontal. Segundo a última pesquisa do IBGE o desemprego bateu recorde em julho, quando 13,8% da população que poderia estar ativa se encontrava desempregada, no total de 13,1 milhões de pessoas nesta situação. É a maior taxa da pesquisa desde a sua criação em 2012. O registro do IBGE é daqueles que procuram emprego. Devido à citada pandemia, muitos milhões de trabalhadores deixaram de procurá-lo. Não sem motivo, o auxílio emergencial identificou 67,7 milhões de beneficiários, afora mais de 3 milhões que foram descartados, por não se enquadrarem na medida provisória do referido auxílio. Neste conjunto, provavelmente, muitos cidadãos que receberiam o bolsa família passaram, por opção a receber o auxílio emergencial.
Com receio da situação explosiva que poderá ficar o Brasil, a partir de janeiro de 2021, o governo federal enviou ao Congresso um programa chamado de Renda Cidadã, para continuar apoiando os citados invisíveis. Porém, até o momento não encontrou de onde irá retirar os recursos para o novo programa, que substituirá o Programa Bolsa Família. O fato é que a taxa de desemprego poderá crescer até 17%, porque os que estão recebendo auxílio irão procurar emprego.
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