DESEMPREGO RÉCORDE

01-10-2020


Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua, no trimestre até julho, o desemprego atingiu um recorde de 13,8%, correspondentes a 13,1 milhões e, deve demorar a cair, conforme o IBGE, ao menos até 2022. Não obstante terem sido criadas 249 mil vagas formais em agosto, técnicos do órgão estimam que, entre formais e informais, a desocupação seguirá piorando até 2021. No trimestre de maio, junho e julho, 7.214 milhões de brasileiros perderam o emprego. Em um ano, o total de postos de trabalho extintos supera 11,5 milhões. O resultado é o pior desde o início da série, em 2012. No mesmo trimestre do ano passado o desemprego era de 11,8%. É considerado desempregado quem buscou uma vaga. Embora a demissão tenha sido em larga escala, por causa da pandemia, a maioria dos demitidos caiu na inatividade. O desemprego só não foi maior porque a força de trabalho continuou caindo em julho.

O cenário que se afigurou na pesquisa é de que, com o afrouxamento das medidas de isolamento horizontal, os brasileiros vão aos poucos, voltando na busca pelo emprego, sendo registrado nas pesquisas do IBGE. Somando os subutilizados, o IBGE declarou serem eles 32,892 milhões. Analistas econômicos da LCA Consultoria projetam 15% de desocupação nas próximas pesquisas. O percentual poderá subir e atingir um pico de 18,5% no primeiro trimestre do ano que vem. Somente em 2022 poderá voltar aos 11%, número que estava antes de decretada a citada pandemia.

Pela terceira vez o Ministério da Economia prorrogou os acordos de suspensão do contrato de trabalho e redução salarial, nos termos da Medida Provisória 936, para enfrentar a covit-19, indo até novembro deste ano. A medida permitiu uma compensação salarial para os trabalhadores que tiveram a  renda reduzida. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que “o programa foi extraordinariamente bem sucedido. Tanto que estamos prorrogando por mais dois meses”. Foi revelado então que mais de 11 milhões de trabalhadores fizeram o primeiro acordo de suspensão ou de redução salarial. Já no segundo foram 18 milhões de contratos prorrogados. Ele ainda se referiu que o programa tem se revelado relativamente barato para o governo federal. Até o momento a União liberou R$25,5 milhões.

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