DESIGUALDADE NAS GRANDES CIDADES
Divulgado pelo centro de pesquisas Observatório das Metrópoles, em parceria com a PUC do Rio Grande do Sul, convênio que vem também divulgado pela rede Globo, a desigualdade na distribuição de renda piorou nos 22 grandes centros urbanos pesquisados, na medida em que foi imposto pelos governantes o isolamento social, para combater a pandemia do novo coronavírus. Para medir a desigualdade se tem vários indicadores. O índice de Gini (G) foi adotado, já que é consagrado como melhor indicador de distribuição de renda, inclusive recomendado pela ONU. Ele varia de zero (plena igualdade) a 01 (extrema desigualdade). A referida instituição o calculou para os grandes centros brasileiros e constatou que o índice médio de Gini subiu de 0,610 para 0,641. Acima de 0,500 já é considerado alto, acima de 0,600 se aproxima da fase de muito alto. Subindo mais de três centésimos se denota o agravamento da situação da distribuição de renda nas cidades, perante a citada pandemia, em tão pouco tempo.
O período observado foi de 1º de abril a 30 de junho. O indicador referido só não piorou em Maceió. A metrópole mais desigual se revelou como João Pessoa, cujo Gini registrou 0,722 contra 0,668 no igual trimestre do ano passado. A metrópole mais igual se mostrou em Florianópolis, G = 0,572, antes G = 0,530 em igual período de 2019. Na região metropolitana de Salvador G = 0,681 agora; antes era G = 0,649, no mesmo trimestre pesquisado de 2019.
Uma conclusão geral é de que a concentração de renda nas regiões metropolitanas é elevada, haja vista que o menor Gini se mostrou como G = 0,572, em Florianópolis, no período pesquisado. Em aditivo a isso, pode-se também concluir que a pandemia em referência aumentou a desigualdade nas grandes cidades brasileiras.
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