24/12/2017 - PRÊMIO DE ANCESTRALIDADE




Como soe acontecer, o jornal Folha de São Paulo, de hoje, traz desde a primeira página, estudo sobre o desempenho dos estudantes em escolas públicas paulistas. Os descendentes de japoneses (e orientais) têm um desempenho melhor nas escolas do que os descendentes de ibéricos. A isso creditam existir um PRÊMIO DE ANCESTRALIDADE. Foram exemplificadas características comuns nos descendentes de orientais, que não constam nos descendentes de ibéricos e de mestiços. Na primeira página se encontra que: “Descendentes de japoneses citaram como possíveis causas para o desempenho superior o medo de decepcionar os pais, a obrigação de ir bem na escola, a possibilidade de melhorar de vida e o interesse natural pelos estudos, de acordo com o especialista em políticas públicas, Geraldo Silva Filho. Apurar hipóteses é o próximo passo dos pesquisadores. Entre elas está a de que algumas culturas ao menos imediatistas – aceitam sacrifícios no presente por resultados no futuro”. Traduzindo, em termos econômicos, os descendentes de orientais, que vieram principalmente para São Paulo, demonstraram, conforme a pesquisa, maior propensão marginal a poupar, o que se pode traduzir em maior propensão marginal a investir e em maior taxa de crescimento econômico. Algo lógico, que foi verificado depois da segunda guerra mundial, quando o Japão se soergueu e se tornou a segunda economia do planeta. Só recentemente perdeu o lugar para a economia da China, que veio também crescendo assustadoramente desde 1979, a taxas acima de 7% anuais, sem recessão, quando iniciou a abertura da sua economia para o mundo, após aceitação de investimentos americanos e parcerias empresariais.

No caderno específico Cotidiano da Folha, de hoje, a pesquisa mais ampla foi para o estudo da matemática: “Crianças descendentes de avôs ou bisavôs japoneses estão um ano à frente da ascentralidade ibérica no aprendizado de matemática nas escolas públicas do País. A pesquisa identificou origem de 300 mil sobrenomes. Entender diferença não é suficiente para melhorar o ensino. O investimento público em educação rompeu mais padrões do que ação familiar.

Referido jornal também estudou o município do Estado, de Bragança Paulista – SP. Lá identificou famílias que se constituem na elite da região, de origem ibérica, e que não se misturaram com nativos e negros. A desigualdade no nível de renda é notória entre as classes sociais e por descendência.

Em suma a educação federalizada poderia romper com os padrões e influenciar ações familiares indutoras da capacidade de poupar, investir e se desenvolver.

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