16/12/2017 - NOVAS PREVISÕES OFICIAIS




Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, anunciou a revisão oficial do principal indicador econômico para este e para o próximo exercício. As estimativas subiram de 0,5% para 1,1% e de 2% para 3%, respectivamente. Mais do que dobraram. Suas palavras: “O PIB caiu muito em 2016 e está subindo bastante em 2017. Mesmo que haja uma ascensão grande este ano, há um carregamento do ano passado que influencia a média para baixo”. Na verdade, o PIB caiu muito também em 2015 (era - 3,8%, mas o IBGE reviu para – 3,5%, igual à queda de 2016). Em 2014 ficou em 0,1%. Portanto, foram três anos praticamente de fortíssima recessão (ela começou no segundo trimestre de 2014).

Meirelles tem informações de que as empresas e as famílias começaram o processo de desalavancagem no segundo semestre do ano passado, ao mesmo tempo em que o Banco Central baixou a taxa básica de juros, acompanhando a queda vertiginosa do processo inflacionário. A sua percepção é que as empresas começaram a investir mais e a repor o capital de giro. Quanto às famílias, elas voltaram a consumir, para aumentar ou repor a capacidade de consumo.

Desde o início do ano que o boletim Focus do Banco Central, enquete semanal, que ausculta cerca de 100 analistas financeiros, que os indicadores econômicos têm melhorado. Assim, na última semana, a mediana das avaliações de analistas de mercado apontava para uma alta de 0,91% neste ano. O que está em linha com a estimativa do governo. Já para 2018, o Focus projetou uma mediana de 2,62%. A estimativa do governo está bem mais otimista.

Na verdade, o fato da reforma da Previdência ter sido transferida para o próximo ano, já que o governo não conseguiu o corum de 308 deputados, foi uma ducha de água fria, em face de que, se não conseguiu aprová-la agora, dificilmente conseguirá no ano que vem. A bolsa recuou para a casa dos 70 mil pontos, não gerando otimismo em recuperação maior da economia.

Em termos regionais, o que está sustentando a melhora da economia e a reativação dos centros dinâmicos do Sudeste e do Sul, onde o emprego cresce mais. Pelo Norte, Nordeste e Centro Oeste existem ligeiras melhoras. Mas, não se pode dizer de uma recuperação sustentável nestas ainda.

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