14/12/2017 - BRASILEIRO NÃO É PREVIDENTE
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mediante apoio
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou um indicador inédito de bem
estar financeiro. Os pesquisados responderam a questionamentos sobre uma vida
financeira bem administrada, quanto a tudo que se requer. Porém, isso não
acontece com 63% dos consumidores pesquisados, que revelaram que não sabem
lidar com imprevistos financeiros e apenas 12% disseram ter capacidade de lidar
com despesas inesperadas.
A proteção contra imprevistos é um dos quatro pilares que
sustentam o indicador de bem estar financeiro, ao lado do controle sobre as
finanças, dos objetivos financeiros e da liberdade de fazer escolhas. O nível
de bem estar financeiro de cada consumidor varia de acordo com respostas dadas
em dez questões que perpassam pelos quatro pilares referidos. Em escala de zero
a 100, quanto mais próximo de 100, maior o nível de bem estar financeiro. Em
novembro deste ano, o indicador marcou 47,4 pontos. Calculado desde julho de
2017, ao longo desses meses os resultados apresentaram pouca variação. A
economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, considerou que “Ainda temos
uma taxa de desemprego bastante elevada e isso coloca as famílias em situação
de aperto. Não só a crise, entretanto, põe as pessoas em dificuldade. Muitas
vezes a negligência com o controle das finanças também pesa. Investigar como o
consumidor se relaciona com o dinheiro é importante porque uma vida financeira
mal administrada pode afetar a saúde, a produtividade e até as relações
familiares”.
Quanto ao controle das próprias finanças, 48% dos
consumidores disseram creditar que, por causa da forma como administram as
finanças, poderão alcançar o que querem na vida. Porém, 24% se mostraram pouco
confiantes. A maior preocupação é coma possibilidade do dinheiro que se tem de
acabar, para 33% dos pesquisados.
O indicador em referência corrobora o que se sabe sobre os
nacionais. Se o MEC acredita que mais de 60% não conseguem decifrar uma folha
escrita de papel, sem dúvida não tem a menor condição de fazer boa gestão financeira.
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