07/12/2017 - POLÍTICA MONETÁRIA SOBERANA




A rainha das políticas econômicas no tabuleiro de xadrez da economia é a política monetária. O país para ser desenvolvido ou estar no rumo do desenvolvimento precisa de estabilidade monetária. Por simplificação, um sistema monetário onde a inflação não corroa seus princípios. Daí se estabelece os meios de pagamento quanto ao prazo: imediato (M1); curto prazo (M2); médio prazo (M3); longo prazo (M4). A Base Monetária (M0 = M zero) é o seu instrumento de guarnição, que representa o Papel Moeda em Poder do Público mais Depósitos à Vista nos Bancos. Cabe ao Banco Central administrar os meios de pagamento e, dentre os seus instrumentos de regulação está a taxa básica de juros, no caso brasileiro, chama-se de taxa SELIC, àquela que serve de referência às negociações do mercado financeiro. Não sem outro motivo que o Federal Reserve (FED), que é o banco central dos Estados Unidos, assim como no Brasil é o Banco Central (BC), reúne-se esporadicamente, no caso do FED, ou, de 45 em 45 dias, no caso brasileiro, para fixar a taxa básica de juros.

Ontem, o BC se reuniu e divulgou que a SELIC seria 7% ao ano, a menor taxa SELIC da história. Antes, a menor foi de 7,25%, em 2013, no primeiro mandato da ex-presidente Dilma. Há cerca de quatro anos, Dilma baixou em um ano a taxa SELIC, de 11,25% para 7,25%, cometendo o grave erro de fazê-lo, quando a inflação estava em alta. Isso desorganizou o sistema financeiro, que rege o lado da demanda da economia agregada, mediante reflexos que levaram ao rompimento do tripé da economia, estabelecido desde 1999, composto pelo sistema de metas da inflação, déficit primário e câmbio flutuante. Agora, não. A equipe econômica chefiada por Meirelles reduziu paulatinamente a SELIC, também por volta de um ano, ao tempo em que a inflação caia do patamar de dois dígitos para um dígito, estando hoje por volta de 3%, taxa bem próxima da inflação do mundo civilizado.
O relatório do BC, relativo à baixa de 0,5% na SELIC, deixou explícito que na próxima reunião poderá baixar ainda SELIC em 0,25%, por exemplo, visto que a inflação caiu tanto, que, em doze meses, está em 2,7%. Se a inflação subir, a SELIC poderá voltar a subir. Entretanto, isso é pouco provável, visto que se espera nova supersafra, a partir de janeiro, o que pressionará a inflação para baixa ou se manter em torno de 3% anuais.

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