03/12/2017 - VOLTA LENTA DO CRESCIMENTO




Trimestralmente, o IBGE divulga a taxa de incremento do PIB, mas com um atraso tão grande que já decorreram dois meses do último trimestre do ano. O IBGE também faz revisão das estimativas anteriores. Assim, de janeiro a março, antes era de 1%; passou a 1,3%. De abril a junho era de 0,2%; subiu para 0,7%. A taxa do terceiro trimestre foi de 0,1%, quando era esperado 0,3%. Poder-se-ia imaginar estagnação. Porém, não. Foi por que as revisões elevaram as taxas anteriormente referidas. Mas, o maior indicativo da retomada foi que o investimento bruto ter voltando a crescer, em 1,6%, depois de quinze trimestres de recuo, quase quatro anos. O consumo em alta de 1,2% reflete que o conjunto de rendimentos cresceu, depois da melhorada nível de emprego já revelada. Os dois permitiram ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmar que “o crescimento do PIB de 0,1%, pode parecer baixo, mas é forte”. Os gastos do governo caíram 0,2%. Pelo lado da oferta, o PIB da indústria subiu 0,8%; o PIB de serviços aumentou 0,6%; o PIB da agropecuária caiu 3%. A diferença entre exportações e importações está em US$62 bilhões, compondo o referido indicador.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB avançou 1,4%. Foi a maior expansão em um intervalo de 12 meses, desde o primeiro trimestre de 2014, antes de começar a forte recessão de 2015 e 2016.

O Banco Itaú e o Bradesco reviram suas projeções para fechar o ano em 1% de incremento no PIB. Os maiores bancos privados do País possuem carteiras eficientes de projeções da economia. É tanto que arriscam a redução da SELIC de 7,5% para 7%, que será a menor taxa básica de juros da história nacional. A inflação está bem comportada e tudo está a indicar que o crescimento do próximo ano está estimado em 2,5%. Ainda sem vigor que o País precisa, visto que as reformas tem sido partos difíceis. Além do mais os rombos das contas públicas, atual e estimado, ainda é bastante elevado. Há uma grande interrogação também com o próximo ano eleitoral.

A bolsa de valores encerrou a semana com queda de 2,55%. Não se vê o otimismo de dias atrás. A cautela se deve ao fato de que alguns atores políticos estão transferindo a reforma da Previdência para o ano que vem.

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