06/12/2017 - INDÚSTRIA SE RECUPERA, MAS AINDA 17% ABAIXO DO PICO




Em outubro, o IBGE divulgou que a indústria brasileira cresceu 5,3%, em relação ao mesmo mês do ano passado, maior taxa desde abril de 2013, quando atingiu 9,8%. Trata-se da sexta taxa consecutiva de crescimento nessa base de comparação. O resultado foi ancorado pela produção de veículos, cuja produção vem em busca do seu melhor desempenho desde 2014. Entretanto, a produção brasileira ainda permanece no mesmo patamar do início de 2009, estando abaixo 17,2% do ponto mais alto da série, que ocorreu em junho de 2013. Como a atividade da indústria recuou 0,9%, de janeiro a setembro, no conjunto com outubro. A alta acumulada de janeiro a outubro é de 1,9%. Poder-se-ia dizer que a indústria saiu da recessão e está em pequeno crescimento. A recuperação se demonstra firme.

Destacaram-se os segmentos da produção de 17,6% de bens de consumo de consumo duráveis e de 14,9% de bens de capital. Estes se referem à venda de bens relacionados a transportes, visando atender aos mercados exportadores de veículos, principalmente de caminhões, mas há reflexos também para a economia doméstica. O segmento de reboques e carrocerias produziu volume superior a 27,4%, na comparação com mesmo mês de 2016, porém puxando o resultado da indústria em geral. Outros segmentos apresentaram bom desempenho, tal como 22% do crescimento em informática e produtos eletrônicos. Entretanto, em relação a setembro, a atividade cresceu apenas 0,2%, em avanço consecutivo. Houve destaque também para a produção de fármacos (20,3%) e bebidas (4,8%), vestuário (4,3%). Em contrapartida recuaram 5,7% produtos alimentícios. Assim, 15 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram crescimento. Dessa forma se tem o começo da volta.
Retroalimentando o processo econômico, o Banco Central hoje poderá cortar a taxa básica de juros, a SELIC, de 7,5% para 7% ao ano. É o que sinalizam os analistas do mercado financeiro. A queda das taxas continua em direção ao retorno do crescimento, conforme apregoa a teoria econômica.

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