19/12/2017 - INCENTIVOS SÃO PEDRA DE TOQUE PARA DESENVOLVIMENTO





Os dirigentes brasileiros têm buscado a solução para a saída da armadilha da renda média, característica pela qual a ONU acredita esteja o Brasil há muitas décadas. Deixou de ser do grupo dos pobres, que possuem renda per capita abaixo de US$6 mil. Porém, está o País na faixa de US$6 mil a US$16 mil, até agora, sem referidos gestores terem encontrado a saída. Se ultrapassar US$16 mil ingressará na faixa de país rico, sendo o que o Pais almeja há muito tempo. A classificação em referência é da ONU.

Considerado economista brilhante nos Estados Unidos, Steven Levitt, da Universidade de Chicago, uma das que mais receberam Prêmio Nobel de Economia, assim escreveu no seu livro Freakonomics (considerada ‘economia excêntrica’, na visão da tradutora do livro dele, Regina Lyra): “Os incentivos são a pedra de toque da vida moderna. Entendê-los, ou, na maior parte das vezes, investigá-los, é a chave para solucionar praticamente qualquer enigma, dos crimes violentos à trapaça nos esportes ou ao namoro na internet”. Evidentemente, também na vida econômica. Na capacidade de poupar, que é a condição suficiente para o investimento, o qual leva ao desenvolvimento.  A esse respeito, o editorial de ontem da Folha se refere ao estudo recente da OCDE, que realiza o teste PISA, para cerca de 60 países escolhidos como desenvolvidos e emergentes, sobre educação mundial, em adolescentes de 15 anos, versados em matemática, língua pátria e ciências, para destacar que, entre 15 países da sua amostra anual, o Brasil fica no pior lugar em capacidade de raciocínio.

Como sair desse círculo vicioso, ou seja, dessa armadilha da renda média per capita? Sem dúvida, mediante incentivos, através da educação, principalmente, da educação financeira, que é a pedra de toque para o investimento. Para a riqueza.

Enfim, é conhecido como é baixo o grau médio de poupança da economia nacional. Hoje, por volta de 15%. Nem os emergentes da América Latina, como México, Chile, Colômbia e Peru a mantém tão baixo. Estes já estão acima de 20%. Os grandes emergentes, puxados principalmente pela China, possuem taxa média de poupança de 32%. A China a tem por volta de 40%. Desde seis décadas atrás, conhece-se no mundo a grande taxa de poupança do Japão, bem acima de 30% da renda nacional.

Outrossim, pesquisa do Instituto Datafolha revelou recentemente que somente 65% da população guardam dinheiro para investir e só 4% o separam para aposentadoria. O Banco Mundial também destacou que, dentre 143 países, somente 11 deles estão abaixo do Brasil na propensão marginal a poupar.

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