SECRETÁRIO DE POLÍTICA ECONÔMICA

26-09-2021


O Ministério da Fazenda tem a Secretaria de Política Econômica como a que delineia a atuação do governo para praticar a política monetária, fiscal, cambial e de rendas, tendo como principal foco o crescimento econômico. Marcos Lisboa, atual CEO do Insper, escola de negócios, baseada em São Paulo, foi secretário de Política Econômica do primeiro mandato de Lula e vice presidente do Banco Itaú, em entrevista a Revista Exame, de setembro declarou que “o Brasil tem dificuldades de crescer há mais de quarenta anos. É uma economia de baixo crescimento desde o fim dos anos 1970, com problemas estruturais graves. O País tem se afastado das nações ricas e cresceu menos do que boa parte dos emergentes. Apesar disso, do resultado médio geral da economia, alguns setores tem se destacado recorrentemente e aumentado a sua produtividade. O agronegócio é um exemplo e há outros na área de tecnologia. Isso compensa um pouco o restante do País, que tem muita dificuldade. A conjuntura atual agrava as perspectivas do País, mas os problemas estruturais vêm de décadas. Independentemente do governo, toda a vez que se tenta reduzir essas distorções, parte do setor privado se opõe. Temos grupos organizados que se beneficiam desse Estado disfuncional”.

A revista destaca que “Para o economista Marcos Lisboa, presidente da escola de negócios Insper, pior do que não fazer reformas é aprovar mudanças que custarão caro à sociedade num momento como o atual. Ele aponta que o Brasil vive as agruras do baixo crescimento nos últimos quarenta anos pela atuação de grupos de interesse que capturam o Estado. E que é preciso enfrentá-los para aproveitar o melhor dos talentos e empreendedores que protagonizam histórias de sucesso”.  

Historicamente o Brasil é engessado pelos donos do poder. As reformas estruturais, tal como a tributária, tem proposições de alterações há décadas. Mas, não são aprovadas no Congresso. Sem elas não se atraem investimentos, pelo fato de que é baixa capitalização e os juros altos favorecem a especulação financeira. Ademais, o déficit primário que vem desde 2014 se afigura para continuar ainda por muito tempo.  

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