INFLAÇÃO DOS MAIS POBRES



A inflação dos mais pobres no Brasil superou 10% em doze meses, muito embora a inflação tenha desacelerado em agosto para as famílias de renda mais baixa. Porém, os brasileiros mais pobres ainda sentem um impacto enorme desde a disparada dos preços neste último ano. A constatação consta do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Análise do IPEA revelou que cinco dos seis grupos de rendimentos pesquisados viram a inflação perder fôlego de julho para agosto. Entre as famílias de renda muito baixa a variação nos preço passou de 1,12% para 0,91%, ainda assim superior a inflação global brasileira de agosto de 0,86%. Embora tenha havido desaceleração em agosto, a inflação para os mais pobres ainda chegou a 10,63% em doze meses. O indicador de julho era de 10,05%, para doze meses.

As famílias dos cinco grupos considerados com renda muito baixa são aquelas com rendimento domiciliar inferior a R$1.808,79 mensais. O IPEA identificou que as causas da inflação mais alta para os mais pobres decorreram da elevação nos alimentos, na energia elétrica, no gás de botijão e nos medicamentos.

Ente os ricos o avanço nos preços foi de 8,04% no acumulado até o mês de agosto. É a menor marca da pesquisa no período. O chamado grupo de renda alta é formado por famílias com rendimento domiciliar superior a R$17.764,49 mensais. As causas da inflação também alta para os ricos decorreram das elevações dos preços dos combustíveis, nas passagens aéreas, nos aparelhos eletroeletrônicos e serviços de recreação. De julho para agosto, a inflação da faixa de renda alta desacelerou de 0,88% para 0,78%, a menor do estudo e menor do que inflação geral de 0,86% em julho.

Conforme o IPEA o grupo de alimentação foi o que mais influenciou para as famílias da enquete realizada, em seguida vieram os combustíveis para transportes.

 

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