PREÇO DO DÓLAR



O preço do dólar em termos de moeda doméstica (o real) deveria refletir o poder de compra do dólar nos Estados Unidos e no Brasil. A isso, chama-se de paridade monetária. Quando o preço do dólar em reais está muito alto, a moeda brasileira está desvalorizada; quando está muito baixo, a moeda brasileira está valorizada. Portanto, o correto seria o preço do dólar estar em equilíbrio. Ou seja, manter a semelhante paridade de compra. Mas, dificilmente poderia estar em equilíbrio. Então, diz-se próximo do equilíbrio. Entretanto, é melhor que a moeda brasileira esteja valorizada, visto que refletiria os maiores valores dos seus ativos e da própria classificação internacional do PIB.

Anteontem, em palestra em São Paulo, patrocinada pelo Banco BTG Pactual, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a cotação do dólar deveria estar caindo no Brasil, mas que o “barulho político” não deixa. São suas palavras: “Esse dólar já era para estar descendo mesmo, mas o barulho político não deixa descer”. Acredita ele que o desempenho da balança comercial brasileira e a austeridade dos gastos público deveriam colocar o dólar na faixa de flutuação de R$3,80 e R$4,20. Após o feriado de 7 de setembro, no dia 10, ele se referia a que o “barulho sobre instituições e democracia” poderiam provocar uma desaceleração do crescimento.

O Ministro da Economia deve ter estudos técnicos que o levem a afirmar a faixa citada de flutuação do dólar. Com certeza têm ingressado mais dólares do que saído,  devido ao bom desempenho da balança comercial. Isto é, mais exportações do que importações. Quanto a austeridade dos gastos públicos isto é discutível, ainda mais que o governo federal gastou muito para combater a pandemia do covid-19. Quanto ao barulho político ele também tem razão, visto que muitos especulam com a moeda americana, visando se proteger de sobressaltos.

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