DÉFICIT PRIMÁRIO POR DEZ ANOS

18-09-2021

Depois de 16 anos de superávit primário, de 1998 a 2013, em 2014 apareceram rombos nas contas públicas, acumulados de muitos anos de contas postergadas, mas que foram obrigadas a serem exigíveis em 2014, ocasionando déficit primário (diferença entre arrecadação e despesas do governo central, antes do pagamento dos juros da dívida pública),os quais se prolongaram e se prolongarão, conforme previsões oficiais até 2023, de forma consecutiva. Poderá ser déficits fiscais para pelo menos dez anos seguidos, muito embora o governo que se iniciou em 2019, prometesse que zeraria o déficit em 2020. No entanto, não zerou e se justifica porque em março de 2020 fora decretada a pandemia do covid-19 e o governo federal teve de fazer gastos extraordinários, aprovados pelo Congresso Nacional.

Nada obstante, o mercado financeiro melhorou suas estimativas para o resultado primário das contas públicas de 2021 e 2022, prevendo alívio no endividamento do governo federal, consoante relatório Prisma Fiscal, de julho, divulgado anteontem.

Dessa maneira, o déficit primário estimado poderá ficar em R$184,3 bilhões, em 2021, perante um resultado antes projetado de R$200,8 bilhões, previstos no mês anterior. Os números se referem às medianas das projeções. Por seu turno, a perspectiva dos economistas pra o déficit primário de 2022 também melhorou, sendo estimado em R$116,0 bilhões, perante R$135,6 bilhões do mês de junho.

Já a expectativa da dívida pública bruta poderá fechar 2021 em 82,77% do PIB, perante estimativa de 84,50% do mês de junho.

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