RECONHECIMENTO QUE INFLAÇÃO ESTÁ ALTA
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que tem o mesmo nome do lendário Ministro do Planejamento do governo militar (1964-1984), reconheceu que a inflação brasileira está alta. Vale dizer, oficialmente, pelo Índice Nacional de Preços ao Atacado (IPCA) está em 8,99%, nos doze meses atrás. Ora, uma inflação bem comportada estaria em 1% a 2%. Insinuante, entre 3% a 4%. Acima disso se torna preocupante. A inflação existe porque as pessoas elevam os preços, seja por efeito especulação ou, precaução, ou entesouram dinheiro, não o fazendo circular. Esta é a visão ortodoxa, da qual esposa o citado presidente.
Nas suas palavras: “A inflação está em nível bastante indesejado. O que o BC entende e passa a mensagem é que a pior coisa para o crescimento é inflação descontrolada. Inflação descontrolada é um imposto perverso nas pessoas, principalmente nas de baixa renda. Temos uma inflação de doze meses bastante alta, bastante indesejada, em 8,99%. Entendemos que uma grande função de perseguir a meta de inflação é para termos crescimento estável com credibilidade, confiança e planejamento de longo prazo para os investidores”, disse ele anteontem na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal de Deputados.
Como combater a inflação? Para o presidente do BC é somente elevar a taxa de juros e, vice-versa, visto que as pessoas que tem dinheiro, vendo juros mais altos o colocam em aplicações financeiras, vendo-o mais baixo, na produção ou na bolsa de valores, o que é praticamente a mesma coisa. Este raciocínio é linear e funciona muito bem em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Em países como o Brasil, nem sempre, visto que a economia pode estar menos organizada do que a americana.
Reconhecer que a inflação está alta é adotar o remédio de elevação de juros. No caso brasileiro, de forma cavalar, visto que a inflação aqui é muito alta. Para a próxima reunião do Comitê de Política Econômica do BC, já está contratada a mesma elevação da SELIC da reunião de agosto. No final de setembro é esperado 1% de elevação da taxa básica de juros.
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